O terceiro episódio de Onara Gorou apresenta, como nos episódios 1, 2, 10 (os melhores), o seguinte esquema: alguém tem problemas; há a intervenção grotesca mas normalizada e calma do pum falante; conselhos absurdos que mais são uma coleção de explicações cientificistas toscas para assuntos nem sempre relacionados são dados; eles provocam um desfecho mágico conciliatório.
Aqui, entretanto, antes da explicação de Onara, sua mulher intervêm. É que há um jogo de probabilidades condicionais para as declarações amorosas. Começando em 50/50, declarar-se é muito vantajoso: quando rejeitado, na segunda tentativa, o apaixonado já encontra uma probabilidade de 75/25, acumulando metades de metades a cada nova tentativa. Afinal, como não seria cada vez mais provável gostar de alguém que seguidamente demonstra gostar de você? Na pior das situações, entretanto, o amor correspondido se aproximará como a esperança que tentar alcançar aquela pequena probabilidade contrária que sempre sobrará, da rejeição anti-assintótica. De qualquer forma:
恋はいつだって突然やってきては、突然去っていく。まるでおならのように。
(O amor vêm e vai inespradamente. Como um peido.)
{おなら吾郎, série de animação de 13 episódios de 3 minutos, dir. Takashi Taniguchi, 2016}
se o amor é como um peido e Urano é como grande pum, acho problemático dar o nome ‘Vênus’ pro segundo planeta do sistema solar. Cadê a coerência dessa porra? #ciênciaehistóriacaminhandojuntas #sqn #todebrinks