O processo do luto, do afastamento do social, deve ser feito em conjunto, mas o que é importante é que o simbólico é apenas um disparador, uma referência, um elo de ligação, algo cuja realização deve promover a superação que, ao mesmo tempo que abandona os mortos, religa os vivos ao romper com a reclusão do apego ao que não mais está. Portanto, as flores de fogo só podem conduzir, mas não em si efetivar. É preciso saber o nome para exorcizar o fantasma, e o processo de pronunciar o nome correto, isto é, da ação de enunciar a verdade que ocasionará o acontecimento, é aquele que permitirá um ciclo fechar para que o outro comece. Não esquecer, apenas não mais estar apriosionado em um tempo cujo passado é centrípeto.
Por isso em Em Ano Hi Mita Hana no Namae Bokura wa Mada Shiranai (あの日見た花の名前を僕達はまだ知らない, série de animação, 2011, 11 episódios, dir. Tatsuyuki Nagai), o processo se arrasta, de couraça em couraça, rumo à choradeira final. E é sempre bom lembrar e reafirmar: o simbólico é apenas um instigador, algo que por si não promove nem se confunde com o acontecimento. Antes, ele depende do acontecimento para se consolidar ao capturar sua sobra, tornando-a de alguma forma menos efêmera.