Não estou caçoando da inteligência do leitor. Mas é algo que frequentemente passa desapercebido. Porque, vocês já sabem, não há problemas de aerodinâmica no espaço. E no entanto, como são os formatos das naves nas ficções científicas?
James White oferece uma explicação, em um dos livros da incrível série sobre um hospital inter-galáctico, Sector General (Code Blue: Emergency):
“Apesar de seu grande tamanho”, o capitão continuou, “ela tem a clara configuração aerodinâmica triangular típica de uma atmosfera planetária. A maioria das espécies a fazerem viagens inter-estelares que nós conhecemos preferem, por motivos técnicos e econômicos, manter pequenas suas embarcações mistas atmosférico-espaciais e construir naves não terrenas, em órbita, quando a aerodinâmica é desnecessária. As duas espécies conhecidas por mim que constroem suas naves espaço-atmosféricas largas, o fazem porque os tripulantes necessários para operá-las são eles mesmos fisicamente enormes.”
Mas esse não parece ser o caso. Talvez uma incapacidade criativa afugente tentativas mais bem resolvidas em termos de eficiência na engenharia. Os robôs vão ter a forma de humanos gigantes, até que eles não precisem ter pernas, porque voam o tempo todo, o que será uma grande descoberta. E depois, caras de pessoas aparecerão nos transportes militares, caçoando do antropomorfismo habitual no ramo (que é um tema ambíguo em Gurren Lagann). Mas e a aerodinâmica? Orbimorfismo? A triangularidade é tal qual a necessidade de sons quando há explosões siderais?
esse vídeo é educativo: https://youtu.be/PmpSvRAze4E (Space Warfare of the Future : Documentary on Spaced Based Weapon Systems). recomendação de mateus loner).