hoje como ontem: sempre igual

nesses últimos dois dias tive a oportunidade de assistir a trechos de shows recentes das bandas the who e ac/dc, na tv a cabo na casa de minha mãe e projetado na casa de melina scialom, respectivamente.

não gostei do show do the who. as músicas eram os velhos sucessos, e o the who era o the who, mas velho. por mais que tocassem há pouco, só na aparência estavam empolgados; havia indícios de nostalgia, da sensação de um olhar para trás, ou ainda, segundo a fórmula de zizek, de “olhar o olhar que outrora via”: o palco era grande demais, a voz e os movimentos sem aquele brilho juvenil e sobretudo os timbres não eram os mesmos; os equipamentos não eram os mesmos: a timbragem parecia resultar dantes de uma modernização tecnológica, longe do <som> que levaria a garotada à loucura. a música era a mesma, no que há de notado nela. o espírito não.

já no caso do show do ac/dc, mesmo sem gostar das músicas em si, pude assistir com entusiasmo: gritos roucos e corridinhas de uniforme pela plataforma, suor e vibração. claro que são cinquentões, mas continuam lá, fazendo o mesmo, de modo que, se tocaram músicas como black ice, de 2008, eu nem ao mesmo pude distingui-la das outras. o sempre novo ac/dc, sempre o mesmo.

“i´ll pick up my guitar and play like i did yesterday.”


postado em 25 de março de 2012, categoria Uncategorized : , , , ,