louro

eu nunca entendi muito a função do louro no molho. esses dias, entretanto, comendo um macarrão à bolonhesa, olhei para uma folha e me veio o pensamento, como se o louro dissesse: você pode ir mais devagar.

similarmente, há modos de escrever que ralentam a leitura. wittgenstein fala disso em cultura e valor. de fato, lembro claramente de que se lesse o livro azul com certa pressa, achava que não estava dizendo nada, ao passo que se lesse devagar, ficava encantado com as ideias.

agora, não sei que formas ralentariam a escrita. e se algo que se deve ler devagar deve se escrever devagar. a questão da escrita, quando aparece, é quase sempre acelerar, processo lento que ela é.


postado em 21 de maio de 2015, categoria comentários : , , , , , , , , ,