cartão de embarque

perder o cartão de embarque é uma estupidez que poucos indivíduos passam sem. hölderlin: “é preciso aceitar que o humano tem disso”, mas na real, não precisava do poema dele lembrar-nos disso. a secretária da universidade ou um burocrata outro, desindividualizado estava bom o suficiente.

procuras no site da gol e quase-nada: um zero-oitocentos. o justo pagamento pela falta de atenção (tantos papeizinhos a se jogar no lixo!). primeira ligação, 30 minutos, mas matia roole (matthias koole) recebe no e-mail declaração dizendo que ele realmente foi pra cucuia e eu não recebo nada. sete mensagens depois e zeroitocentos  de novo. na verdade meu código não era banana mas maçã mas na verdade eu não embarquei (ou ao menos, não embarquei com maçã mas com mamão). 30 minutos depois espere até sete dias úteis mas hei de receber a mensagem do mamão, e a dita secretária pode cobrar a maçã, que a universidade pagou duas mas levou uma.

(o departamento de respostas não é o mesmo que o de emissão de comprovantes de embarque)


postado em 2 de outubro de 2013, categoria crônicas : , , , , ,

édipo contrataca

sobre o tema do édipo o professor universitário sabe bem: o destino. o fantasma daquilo que “não precisa ser assim” o ronda: e não há conhecimento ou desconhecimento que o salvaguarde, e ainda que ele tenha se precavido, esposa e filhos. ou assim é, ao menos, às vezes, para alguns: jocasta à espreita / à espreita de jocasta.

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diria lyotard, em peregrinações, (estação liberdade, p.21, 2000): 

“em sua reflexão sobre o desvio categórico que separa o deus e o homem, hölderlin observa que o verdadeiro drama de édipo não é tanto realizar o destilo que apolo lhe prescreveu quanto sobreviver a essa realização. leibiniz diria: é continuar a viver quando, de acordo com a noção que deus tem disso, acabamos. quando a intriga de édipo tinha de desempenhar acaba, pode começar uma forma de pensar que se harmonize com a essência do tempo.”


postado em 8 de dezembro de 2011, categoria Uncategorized : , , , , , , , ,