cachoeira secreta
em um serviço de localização na internet, bruno descobre um nome para a cachoeira: cachoeira secreta. na pequena trilha de entrada, sua amiga alerta: está cheião – o jeito é subir pelo rio, 300 metros, tal como explorado nas fotos via satélite (as partes brancas são quedas). a segunda das três gera uma espuma que se faz e desfaz periodicamente, subindo nas rochas. o sol é refletido e há tanto riscos de luz branca, ziguezagueando frenéticos, quanto uma coloração âmbar, tingindo a pequena queda. sentamos e somos massageados. na volta, sumodjo lembra de quando ia pular no lago e perguntou, aqui dá? ao que responderam – um cara acabou de morrer aí, olha o chinelo dele.
de volta, em casa, a ideia era preencher as imagens com os nomes cachoeira secreta 1.2 e cachoeira secreta 1.3. mas no dia seguinte, quando outros tentaram entrar, a passagem estava fechada e dizem terem vistos capangas. propriedade particular é facão na mão.
postado em 17 de janeiro de 2017, categoria crônicas : botucatu, cachoeira, cachoeira secreta, capanga, geolocalização, propriedade privada, segredo