nos meus 28 ou 29 anos de vida, sempre achei os diálogos de platão uma grande perda de tempo (diferentemente de wittgenstein, que parece dizer que eles são uma “grandiosa perda de tempo”). jean-pierre caron comentou minha postagem (facebook #1), dizendo:
“as coisas começam a ficar boas quando não são mais opiniões, mas uma atividade. quando começa a se sentir o atrito das inferências. ;)”
fiquei pensando sobre isso. é uma espécie de sócrates dos tempos modernos.
postado em 24 de agosto de 2012, categoria Uncategorized : diálogos, facebook, filosofia, platão, sócrates
não pude colocar essa bela citação de lyotard na outra postagem: de um mesmo ponto de partida, os múltiplos caminhos ora entrecruzam-se, ora não, aparentam incompatíveis. e o quão estou longe desse bem aventurado vagar em colono.
“ao contrário, após descobrir que matou o pai e desposou a mãe, o músico experimental ‘moderno’ começa a caminhar sem tentar concluir e resolver suas experiências. ele esforça-se mais por alcançar uma vacância tal que ele possa se manter aberto para a vinda dos acontecimentos sonoros.”
(peregrinações. são paulo: estação libertade, 2000, p. 45)
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e duas visões do trágico: sócrates e o estrogonofe; burroughs e a maçã. no segundo casa há o episódio em colono, no primeiro, apenas o destino.
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e recomendo o livro: “hölderlin e sófocles; observações sobre édipo e observações sobre antígona”, de friedrich hölderlin e jean beaufret. rio de janeiro: jorge zahar editor, 2008.
postado em 2 de fevereiro de 2012, categoria Uncategorized : destino, édipo, estrogonofe, filosofia, friedrich hölderlin, jean beaufret, jean-françois lyotard, maçã, músico, sócrates, sófocles, trágico, william burroughs