dinheiro e risco
para todos aqueles que não conseguem fazer as tarefas colocando nelas aquele mínimo de paixão que permite a alguém adoecer por elas e angustiar-se, o dinheiro serve como método compensatório: aqui, ali, aposto também minha vida, um pedaço dela.
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na minha adolescência,essa tese vinha acompanhada da característica colocação aristocrática-juvenil da superioridade de tudo que não envolvesse ganhos. porque as pessoas ignorantes, pensava eu, invertiam a questão: “para que se arriscar se aquilo gerará perdas?” – o contra-senso era: o dinheiro já era a nostalgia do risco. é claro que essa posição era sustentada por um desconhecimento tanto da vida daqueles que não tem dinheiro algum, quanto daqueles que têm sobrando.
postado em 8 de março de 2018, categoria aforismos : aristocracia, comprometimento, dinheiro, juventude, risco