como o alpinista ama o vazio das grandes alturas
trabalho dias seguidos uma morte que não entendo
{a vida submarina, de ana martins marques. belo horizonte: scriptum, 2009}
***
bônus penélope
penélope enamourou-se de espera
e torcia toda noite que ulisses não voltasse
e não como (VI), eles sentados lado a lado, ela lhe narrando a segunda odisseia.
postado em 7 de dezembro de 2015, categoria prosa / poesia : a vida submarina, alpinista, ana martins marques, morte, odisseia, penélope, poema-plágio, poemas, trabalho, ulisses
1.
acordo em estado de parede
metade da vida é faxina
a outra metade?
regresso do pó
2.
comigo o amor é o cavalo (eu sou apenas um cavalo)
3.
naquela época eu acordava mais cedo do que eu porque
era a aventura social do mundo
4.
como eu faço para ter aquilo que já tenho?
penso o destino como um queijo suiço
escrevo sem parar que é para amanhã não ter ideias
5.
tua ausência fertiliza o importante
os perigos da solidão a dois
{de alforria blues ou poemas do destino do mar, de júlia de carvalho hansen. belo horizonte: chão de feira, 2013}
postado em 2 de setembro de 2014, categoria prosa / poesia : alforria blues, amor, cavalo, cotidiano, emoções, faxina, júlia de carvalho hansen, parede, poema-plágio, poemas, poemas do destino do mar
Secretamente, alimentando premonições de matanças,
Gêmeo Superior enterrou Absoluto atrás de um espelho.
Seu Número não é Um.
Se Deus não existe então não há nada que o impeça de acontecer.
Pois para qualquer coisa que possa aparecer quando quer, o melhor lugar para se esconder é a não-existência.
postado em 17 de abril de 2014, categoria prosa / poesia : absoluto, deus, espelho, fanged noumena, nick land, número, poema-plágio, poemas, verossimilhança do espelho
1. nesta cidade sou apenas um nome não um homem.
2. só não posso mais ser o azul metileno que ora fascina ora consente.
postado em 7 de abril de 2014, categoria prosa / poesia : azul metileno, caco ishak, dos versos fandangos ou a má reputação de um estulto em polvorosa, homem, nome, poema-plágio
1.
caô-caos.
2.
assintoticamente a morte.
postado em 21 de outubro de 2013, categoria prosa / poesia : caos, jean-pierre caron, morte, poema-plágio