repre$$ão

nas contenções ao populacho, que tal adotarmos uma atitude liberal e armarmos a polícia militar com bombas de dinheiro? uma bomba de R$800 de cédulas de R$2 espalha rapidamente 400 notas em uma área de 100m². uma bomba do tipo disputa pode ser lançada à mão e ao cair abre como um kinder ovo, deixando rolar quatro notas de R$ 100 nos quatro pontos cardeais. um disparo de escopeta tem a vantagem de poder até mesmo cegar um vândalo ou jornalista desprecavido enquanto espalha moedas de R$1 pelo chão das principais avenidas. um morteiro de mil moedas de R$0,5  é sempre bonito de se ver, o metal mal reluzindo enquanto ricocheteia. as minas direcionáveis em notas crescentes, acionadas em retaguarda: por ela, como não peticionar junto a avaaz e pp que a casa da moeda confeccione espécies intermediárias e superiores, com a possibilidade da substituição da sequência 1, 2, 2+1, 2+2, 5, etc, 20, 20+10, …, 100, 100+10, 100+20, 100+100 pela mais pura 1, 2, 3, 4, 5…, 20, 30, …, 100, 110, 120, …, 200. por uma nota de duzentos, que manifestante não caminharia rumo às forças tarefas? e o mito de que o encontro seria coroado com uma surra de verdinhas? na operação beija-flor-de-peito-azul viu-se um grande canhão de vento cuspir inumeráveis cédulas, afastando tanto a aglomeração quanto o mito de que valor real e de face difeririam. pois é preciso colocar ordem na casa e nas coisas.


postado em 19 de maio de 2017, categoria comentários, proposições : , , , , , , , , , , ,

missão

tenho pena da pm, que defender a nação do povo não é fácil não.


postado em 11 de junho de 2014, categoria comentários : , ,

comemorando o 7 de setembro: da ordem do discurso

aliás, que seja dito que “você é culpado até que prove sua inocência” é um dos bordões que mais representam o pensamento institucional no brasil hodierno.


postado em 8 de setembro de 2013, categoria comentários : , , , , , , , , ,

independência ou

seria preciso comemorar em grande estilo o tal do sete de onze de setembro. o dia da. seria preciso lembrar da constituição do estado, das forças de uniformização, de instituição da ordem, da garantia, do modo de vida, de sua estrutura de seus valores…

ou ao menos, que seja possível celebrar, entre os mais jovens, o dia da abolição futura.

  1. olho sangrando; a policía que reprime na avenida paulista; mulher e pm lutando; prisão de jornalista; banho de spray.
  2. capitão do choque; praça do derby; praça da liberdadeatropelamento em são paulo.

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estupro como instituição

prólogo: nesses dias em que há as marchas das vadias, também há acusações de estupro em ações da polícia militar durante manifestações; também há a bancada evangélica fazendo pressão contra hospitais atenderem vítimas de estupro (em virtude de sua posição contrabortista). bem, posto aqui sobre o estupro, com algumas semanas de espera. é um assunto que me incomoda um tanto, e confesso que ao final do documentário citado abaixo estava bastante consternado. mas, tal como outras coisas que passam indiscutidas, sinto que precisamos cavocar mais a ferida. quantas pessoas estupradas conhecemos? eu mesmo, conheço algumas.

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1. militares… sempre dando um jeito de estuprar durante ações estratégicas por aí… (exemplo, casos durante a pacificação do morro do alemão, pinheirinho etc.) bom, nos eua parece que uma das táticas é manter a coisa “interna”. o documentário invisible war (2012), de kirby dick parece dizer que sim. (um trecho aqui)

2. abaixo, cinismo mtvesco.

2.1 não sei como ser traída pode ser melhor que ser estuprada.

2.2 mesmo sendo uma pessoa dada, na hora do sexo é bom poder escolher os parceiros.

corolário1: pelos 41 minutos do documentário começa a haver menção de casos de estupros de homens também. // corolário 2: o sistema militar obviamente dificulta todo tipo de ação contra militares. com certas diferenças, é válido também para o brasil. veja alguns dos argumentos em http://youtu.be/QlgTo45W-Vs?t=8m40s e http://youtu.be/QlgTo45W-Vs?t=24m0s.

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3. no japão, há inúmeras animações (hentais) tematizando estupros. me parece que há um esquema preponderante, que circunda a produção: “a garota não quer fazer sexo. ela é forçada a fazer sexo. ela sofre, mas começa a gostar. ela gosta de sexo. ela nasceu pra isso”. claro que como o tema é anunciado, o que acontece é que a garota só precisa de um evento para desvelar sua verdadeira natureza, naturalmente, sexualmente selvagem. então quando uma personagem começa a sofrer, ou é drogada para gostar de sexo, o público já sabe de antemão que aquela é apenas uma etapa rumo a um maior autoconhecimento por parte da personagem.

4. há um documentário el império dos sin-sexo, de pierre caule, mostrando japoneses como parte de uma sociedade em que há cada vez uma maior separação entre sexo e relacionamentos, no sentido de supressão dos relacionamentos. uma prostituta é uma prestadora de serviços, uma boneca ou um tubo-vagina são produtos; não estão sujeitas à lógica do estupro. pode ser visto aqui.

4.1 há um artigo sensacionalista fazendo uma reflexão interessante sobre o documentário (com algumas informações equivocadas, mas que ainda assim levanta questões).

4.2 reinterpretar 3 a partir de 4.

coroloário 3: segundo uma estatística de 2010, a porcentagem de estupros registrados por cem mil habitantes no estados unidos é cerca de 25 vezes maior nesse ano, do que os do japão. obviamente, há o problema do registro: apenas uma menor parte das ocorrências é registrada; ademais, há pequenas diferenças na definição legal do que seja a ação. os dados usados são das nações unidas. o brasil consta como “não forneceu dados”.


postado em 27 de julho de 2013, categoria crônicas, música : , , , , , , , , , , , , , ,