górgias na filosofia da arte

ficamos de marcar, camila proto e eu, uma conversa sobre filosofia e arte, dado que ela também está fazendo pesquisa em filosofia da arte. andei ouvindo audio-livros dos diálogos de platão e agora, ao frequentar os podcasts do história da filosofia sem nenhum buraco (history of philosophy without any gaps), uma das coisas que estou curioso pra saber o que outros acham é o seguinte: o sócrates platônico em mais de uma ocasião fala sobre os problemas da retórica. eventualmente, ele lança o argumento: mas não sabe um médico mais de medicina do que um palestrante sagaz? não deveríamos ouvir falar, sobre nossos hábitos alimentares, o nutricionista ao invés do padeiro, a oferecer-nos deliciosas guloseimas?

às vezes tenho impressão que a filosofia cumpre um papel similar nos discursos de artistas àquele criticado por platão no que toca a retórica. no górgias, sócrates faz o grande sofista dizer que além-retórica, seria também capaz de ensinar a seus estudantes a virtude, o que o górgias histórico provavelmente nunca diria. ao invés de ferramenta, bem ou mal usada, essa deslizada torna possível uma crítica mais veemente à sofística, que então cairia em contradição. numa fala sobre música, quando a filosofia intervêm para dar valor e elevar ao bem o conteúdo, faço questão de garantir uma boa salada na hora do almoço. (mas é estranho: é como se o próprio nutricionista fizesse uma eulogia ao croissant.)


postado em 8 de agosto de 2021, categoria aforismos : , , , , , , ,

vai grécia

2015-07-07 vai grécia

e aqui (português) ou aqui (inglês) um belo texto sobre o oxi, por slavoj žižek. aqui, 11 notas sobre a situação grega, por alain badiou.


postado em 7 de julho de 2015, categoria fotografia, reblog : , , , , , , ,

história concisa da filosofia, capítulo 2

platão = charlatão.


postado em 6 de julho de 2013, categoria resenhas : , , ,

facebook #2

nos meus 28 ou 29 anos de vida, sempre achei os diálogos de platão uma grande perda de tempo (diferentemente de wittgenstein, que parece dizer que eles são uma “grandiosa perda de tempo”). jean-pierre caron comentou minha postagem (facebook #1), dizendo:

“as coisas começam a ficar boas quando não são mais opiniões, mas uma atividade. quando começa a se sentir o atrito das inferências. ;)”

fiquei pensando sobre isso. é uma espécie de sócrates dos tempos modernos.


postado em 24 de agosto de 2012, categoria Uncategorized : , , , ,