panelas e pedras
estava com bella e ela muito cansada. eu idem, mas sem perceber tanto [a fadiga veio no dia seguinte]. então, meio choramingando, meio palhaço, digo: “estou cansado de carregar 15 kilos de panelas estragadas para cima e para baixo”. no taxi, ela acha graça, e então lembro da história das pedras, do duas ilhas.
[nesse dia, ela havia tocado embrulho, e eu, o brasil não chega às oitavas (esta foto mostra o estado de algumas das panelas, quando as transportei de curitiba para belo horizonte)].
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era uma vez o final de 2012 e estávamos eu, kandyê medina, júlia salaroli, além de katxerê medina e oscar svanelid, com a filha deles, nenezinha naima, em um aeroporto em belém, pará. íamos ao macapá, amapá. estávamos despaixando as bagagens e kandyê coordenava o processo. de repente, excesso de peso. kandyê discute com o atendente: naima, como ser humano, conta como portador de bagagem. certo, 6 kilos a mais. ainda assim, excesso (exce$$o). kandyê parece desamparada. júlia quer ajudar. kandyê então, protestando, abre a mala e começa a tirar as pedras de dentro, recalculando de tempos em tempos o peso da mesma, na esteira. fala ao atendente, e em seguida distribui pedras para levarmos nas bagagens de mão. seleciona as mais bonitas. empilha na frente do guichê as outras. é um processo demorado, e ouvimos a última chamada. mas garantimos as pedras. vai saber se no macapá tem pedras. as mais bonitas. kandyê parece bem.
postado em 9 de outubro de 2015, categoria crônicas : artista, duas ilhas, excesso de bagagem, o brasil não chega às oitavas, pedras