José Vitor perguntou sobre referências de paisagem sonora e gravação de campo.
Hildegard Westerkamp é possivelmente a maior referência do gênero (um exemplo aqui – ela usa gravações de campo como material para uma arte que procura sensibilizar sobre a paisagem sonora mundial e a escuta).
Thelmo Cristovam fez as fotofonografias, gravações de campo acompanhadas de foto. Renata Roman começou a fazer gravações que procuravam mapear São Paulo, em SP Sound Map.
Michael Pisaro tem inúmeros trabalhos. Lembro aqui de Transparent City, que são 24 gravações em Los Angeles, de 10 minutos em locais específicos, separadas por silêncios (são 4 CDs). As gravações são misturadas com sons eletrônicos simples, do tipo senóide.
Jacob Kirkegaard – 4 rooms (quatro salas), em que faz processos de retroalimentação em lugares radiotivos de Chernobyl.
Peter Ablinger gravou na série Branco/Brancura (Weiss/Weisslich) sons de folhas de árvores específicas balançadas pelo vento. A história é que era muito difícil fazê-lo sem pegar outros sons. No livro diz que para certas árvores ele ficou horas para gravar 40 segundos de som ininterrupto.
Meu selo lançou dois álbuns que têm a ver. Marco Scarassatti, Rios Enclausurados: cartografia sonora de rios concretados na cidade de Belo Horizonte, algumas vezes inclusive de dentro dos bueiros (entrevista aqui). Cidade Arquipélago, de Paulo Dantas (é legal baixar, porque tem infos legais no encarte), com gravações de som binaurais (com microfones dentro do ouvido) de lugares no Japão.
postado em 13 de novembro de 2015, categoria oi kabum bh : gravação de campo, orientação, paisagem sonora
mariana falou sobre grafite na cidade. lembramos:
- de um projeto de grafiteiros mexicanos.
- a série 100 comédia, (o volume 1 é esse? certo). existe uma versão brasileira? talvez sim, como comentada aqui.
- do documentário pixo, mais focado na cena de são paulo.
- há um trabalho feito atrás da estação central que seria legal visitar.
tentamos ajudar jéssica a elaborar um roteiro, com a ideia de “realidade profunda” ou ainda “mundo digital paralelo”. num brainstorm (tempestade cerebral), citamos:
- senhor ninguém, filme de jaco van dormael (2009)
- matrix, filme dos irmãos wachovsky (1999)
- existenz, filme de david cronenberg (1999)
- sword art online, animê de reki kawahara, cuja descrição me pareceu similar em aspectos ao jogo do existnz (2009).
- tron, filme de steven lisberger, onde sujeito fica preso dentro do jogo (1982).
- caverna do dragão, série animada, de 1983-6, em que jovens se vêem presos dentro de um jogo (poderíamos então pensar também no filme jumanji, de joe johnston (1995)).
- waking life, filme de richard liklater (usa videopintura?) e que questiona o que é a realidade, e tem efeitos que misturam visualidades 2D e 3D (2001).
- show de truman, filme de peter weir (1998).
- o homem do futuro, filme de cláudio torres (2011).
- algum filme com um menino e um guarda-chuva (?).
- ponte para terabítia, de gabor csupó (2007).
- um conto do h.p. lovecraft sobre nunca acordar de um pesadelo: a coisa no luar (1927)
postado em 23 de setembro de 2015, categoria oi kabum bh : grafite, jogo, mundo paralelo, orientação, pixo, realidade
comentamos sobre a ideia de estrutura e translação: certas coisas podemos abstrair de um tipo de arte e aplicar em outro. a compreensão de algo em fotografia, por exemplo, como o artista/curador escolheu as fotos numa exposição, dá uma ideia de montagem – (unidade, contraste, sequência, variação, temática), que pode ser pensada também numa música, num filme, no modo como uma instalação funciona. soa muito abstrato? conseguimos exemplos mais concretos disso?
conversamos sobre coisas diversas, após apresentação de trabalhos de alunos e surgiram algumas sugestões:
- (william) talvez seja interessante procurar por videopintura (Studio Artist) e/ou nos trabalhos de video pintura do leo souza.
- (esork) após o trabalho surgiu a sugestão de que estude a noção musical da quadratura.
- alguém perguntou sobre o i-dozer, e lembrei do álbum matrix, de ryoji ikeda, mais artístico/interessante.
- (rafael) sugeriu assistirmos ao média la jetée, de ficção científica. (achei esse site com ele, mas não sei se está funcionando bem).
- (gustavo) existe um (sub)gênero de montagem de vídeos chamado youtubepoop. esse artigo fala sobre isso.
- (lorena) uma música que também usa o dito de marx, da banda rakta.
postado em 16 de setembro de 2015, categoria oi kabum bh : chris marker, estrutura, i-dozer, la jetée, matrix, orientação, quadratura, rakta, ryoji ikeda, videopintura, youtube poop
estúdio do merce cunningham
10 regras para estudantes e professores, por john cage (na verdade, escritas por sister corita kent)
1. ache um lugar que você confie, e então, tente confiar nele por um tempo.
2. (deveres do estudante)
tire tudo que puder do seu professor.
tire tudo que puder dos seus colegas.
3. (dever do professor)
tire tudo que puder dos seus alunos.
4. considere tudo um experimento.
5. seja auto-disciplinado. isso significa achar alguém sábio ou esperto e escolher segui-los. ser disciplinado é seguir de um modo bom. ser auto-disciplinado é seguir do modo melhor.
6. siga o líder. <nada é um erro>. não há vencedores nem perdedores. só há fazer.
7. a única regra é trabalhar. se você trabalhar isso vai levá-lo a algo. são as pessoas que fazem todo o trabalho o tempo todo que eventualmente chegam a algo. você pode enganar seus fans, mas não outros jogadores.
8. não tente criar e analisar ao mesmo tempo. são processos diferentes.
9. seja feliz sempre quando você pode. desfrute-se. é mais leve do que você pensa.
10. nós estamos quebrando todas as regras, mesmo nossas próprias e como sabemos disso? deixando bastante espaço para qualidades “x”.
boas dicas:
sempre esteja por perto.
vá e venha a tudo.
sempre vá às aulas.
leia sempre tudo o que você puder por as mãos.
veja filmes com atenção e sempre.
guarde tudo. pode ser útil no futuro.
postado em 6 de junho de 2015, categoria oi kabum bh : john cage, merce cunningham, orientação, pedagogia, professores, regras, sister corita kent