meditação de nina giovelli

sábado à tarde você senta pra escrever e só o que consegue é repetir o mantra nietzscheano: “aquilo que não me destrói me fortalece”, “aquilo que não me destrói me fortalece”, “aquilo que não me destrói me fortalece”, “aquilo que não me destrói me fortalece”… em ritmo de pancadão!

postado em 24 de agosto de 2014, categoria crônicas, reblog : , , , ,

da separação de elementos

eu tinha de determinar a constituição de uma série de elementos pertencentes a um grupo. essa determinação envolvia a separação de dois componentes, um dos quais estava sujeito a um teste simples, que me permitiria aferir se o elemento era ou não consistente em relação aos outros do grupo, ou a um princípio (não declarado). nessa separação, eu via um conceito ficar embaixo do outro, e os critérios lógicos se ordenarem, como em uma estante, mas verticalmente.

o quinto elemento era uma banheira de ofurô, devidamente preenchida com água quente. dentro da banheira estava nina giovelli. eu via os braços dela, apoiadas nos bambus laterais, e do busto para cima: as partes emersas. usava um pano que tapava o conceito, que então não podia ficar devidamente separado. isto porque o pano era irreal e não continha conceito de cor, não sendo possível falar nem em cor nem em conceito, mas apenas em pano.

assim, disse: “tire esse pano nina”, ao que ela olhou (a cara dela, no sonho, não era especialmente expressiva, sua expressão facial parecia ser sempre a mesma: bonita e agradável – atraente -, mas, ao mesmo tempo, normal, com um resquício do insosso rondando). e respondeu: “não posso, tenho vergonha. debaixo estou apenas de biquini”. e: “tá, espere”.

esperei. e de novo e o pano sumiu, e nina estava de maiô preto petróleo, e apesar da água, podia vê-la, por inteiro: sentimento de estrelinhas douradas se espalhando e sons de plin plin plin.

(o quinto elemento era inconsistente em relação ao grupo.)

 


postado em 10 de novembro de 2011, categoria Uncategorized : , ,