o que eu não gosto dessa coisa do adams é que eu realmente não consigo pensar alguém dizendo “meu compositor predileto é john adams” você enviou tipo, por qual motivo alguém preferiria adams a bartók você enviou acho que as pessoas deveriam ler adams como o momento em que música clássica contemporânea se confirma como um gênero você enviou e por isso abdica de ser um bastião histórico você enviou de qualquer tipo de desenvolvimento você enviou assim, conciliamos as duas posições você enviou adams continua sendo “algo” ligado a uma ideia de “pós-modernismo”, só a aplicação que se torna local você enviou ele confirma que uma região da música contemporânea virou reggae e que de lá não devemos procurar para falar sobre características “críticas” da música
é quarta-feira e matthias está preocupado com seu concerto na fundação logos com kobe: spahlinger, lachenmann, polansky. recebe então um e-mail que diz o seguinte:
oi cara tamo aqui tocando o an index of metalsdo romitelli tamo precisando de um guitarrista e sacamos que tu já tocou essa parada então bora cá quinta e sexta ensaio sábado é o concerto num festival maneiro diz aí se vem nóis paga é nóis velho ass noruga de bergen
matthias tem de tocar com iwao nessa sexta (qi020), mas gosta muito de tocar a obra de fausto romitelli; responde então que adoraria ir mas pode apenas no sábado. o norueguês (que obviamente escreve como um norueguês formal e não como um paulista pseudo-carioca demente) manda passagens para sábado 6h40 da matina, aeroporto de bruxelas.
“i have complete confidence that this is music. yet, i hear no sound in my head while composing it” [eu tenho completa confiança de que isso é música. e no entanto, eu não ouço som algum na minha cabeça quando a estou compondo].