o compositor americano tom johnson criou vários desenhos relacionados a ideia de partitura – mas pensando mais em uma música imaginária do que algo que de fato seria tocado por músicos. outras podem ser vistas aqui: http://www.artpool.hu/Al/al04/Johnson/11.html.
saiu, no final do ano passado, o novo álbum do tony da gatorra, paiz sem lei. é uma compilação curta, com 6 músicas, das quais a terceira pode ser ouvida abaixo, acompanhando a letra.
mensalão, falcatrua / para calar toda a corrupção / é só doentes, sem hospital / e seguranças não existem ninguém vê / é só miséria, não tem escola / e as crianças sem o leite pra tomar // carnaval, novela e futebol / tem dinheiro para a copa, tem milhões / lá em brasília, no palácio do planalto / trepa-trepa, chega-chega, é só ladrões / e ainda querem a copa no brasil // mensalão, calcatrua / para calar toda a corrupção / é só doentes, sem hospital / e seguranças não existem ninguém vê / é só miséria, não tem escola / e as crianças sem o leite pra tomar / moradia? o povo não têm / mas têm imposto e muitas taxas para pagar / o povo paga, não tem retorno / são os ladrões da consciência nacional / impunidade: terra sem lei / mas tem ministro e deputado a todo lado // carnaval, novela e futebol / tem dinheiro para a copa, tem milhões / mas lá em brasília, no palácio do planalto / trepa-trepa, chega-chega, é só ladrões / e ainda querem a copa no brasil (x2).
para adiquirir o álbum basta tratar com o próprio tony, por e-mail, em <tonydagatorra@hotmail.com>. o custo é de $15 edição em cartolina, $25 em alumínio, mais frete.
os matemáticos não sabem o que é o número (frege).
os economistas não sabem o que é o dinheiro (silveira).
por que esperar que os músicos saibam o que é o musical? eles operam com um monte de elementos: sons, estruturas, figuras, parâmetros, gestos, ações, notações, impulsos, acentos. mas certamente não poderiam saber o que é o musical. lyotard queria dar a esse fundamento um outro nome, um nome de matéria, e chamou de matiz sonoro.
sou bastante orgulhoso desse cartaz, mas sei que mário não gostou, por achar demasiado brincalhão, especialmente a inscrição de “herói da guitarra” (ele preferiria algo mais sério e/ou obscuro). na época, dado nosso plano de realização de 6 ou 7 concertos de formatura, mantendo algumas semelhanças gráficas entre cartazes diferentes, lembro que mário se comportou bem durante a sessão de fotos – com a objeção de que seu cabelo encobrisse seu rosto.