demorar-se

hoje, lendo a antologia brasileira de w. h. auden, edição bilíngue comprada para presentear uma colega que não entende o inglês (companhia das letras, 2013), reencontro o poema our bias (1939).

The hour-glass whispers to the lion’s roar,
The clock-towers tell the garden’s day and night
How many errors Time has patience for,
How wrong they are in being always right.

Yet Time, however loud its chimes or deep,
However fast its falling torrent flows,
Has never put one lion off his leap
Nor shaken the assurance of a rose.

For they, it seems, care only for success:
While we choose words according to their sound
And judge a problem by its awkwardness;

And Time with us was always popular.
When have we not preferred some going round
To going straight to where we are?

há certas combinações tortuosas de coisas desconexas, uma manhã nublada, um livro, fotos do mais antigo dos colegas, sorrindo, esbelto, trabalhando e bem acompanhado, música sentimental, bom café e o poema que tanto lembra meu pai, 17 anos e 4 teses quase-feitas para chegar a ser doutor.


postado em 9 de outubro de 2013, categoria comentários, prosa / poesia : , , , ,

o velho argumento de valinhos

ao marcar congressos sempre escolher uma cidade pouco atrativa: sem praia, sem festas, sem monumentos e museus, mas especialmente: sem praia.

[via josé maria silveira]


postado em 26 de julho de 2012, categoria Uncategorized : , , ,

equanimidade 3

os matemáticos não sabem o que é o número (frege).

os economistas não sabem o que é o dinheiro (silveira).

por que esperar que os músicos saibam o que é o musical? eles operam com um monte de elementos: sons, estruturas, figuras, parâmetros, gestos, ações, notações, impulsos, acentos. mas certamente não poderiam saber o que é o musical. lyotard queria dar a esse fundamento um outro nome, um nome de matéria, e chamou de matiz sonoro.


postado em 18 de julho de 2012, categoria Uncategorized : , , , , , ,