são convidadas 8 pessoas para uma festa exclusiva. dadas às orientações sexuais, e respeitando o direito ao anonimato das mesmas, são estipuladas as seguintes condições.
o objetivo de A é impedir que B e G façam sexo; o objetivo de B é impedir que C e D façam sexo; o objetivo de C é impedir que D e H façam sexo; o objetivo de D é impedir que E e F façam sexo; o objetivo de E é impedir que C e G façam sexo; o objetivo de F é impedir que A e G façam sexo; o objetivo de G é impedir que A e H façam sexo; o objetivo de H é impedir que D e G façam sexo.
dado que A e B são heterossexuais masculinos, C e D bissexuais masculinos, E e F homossexuais femininas, G e H heterossexuais femininas, é possível imaginar um cenário em que H transa com B ou C. acontece que isso envolveria confiar que D e G não se aproveitariam, fazendo-o perder. D está de olho no casal de lésbicas, mas G está de olho num par heterossexual pra H, ou seja, estaria livre. com isso a chance de querer efetivar com alguém seria maior. mas sua melhor opção seria justamente D. o mais seguro é garantir o empata-fodas generalizado.
postado em 10 de setembro de 2018, categoria proposições : combinatória, empata-foda, jogo, orgia, sexo
definir democracia como o sistema em que o cidadão vota é um pouco como dizer que gostamos de gatos pois a maioria nunca matou sequer um. de modo que não é preciso valorizar tanto o voto a ponto de ser contra votar e então não votar. você pode, sem perigo nenhum de parecer hipócrita, criticar todo o sistema (ainda mais tal como é feito: privilegiar os grandes em detrimento dos pequenos) e, no dia da eleição, escolher alguém que possivelmente não é um imbecil ignorante corrupto e apertar uns botões, rabiscar uma assinatura etc.
se a representatividade está em questão, não é porque ao votar depositaríamos nossa confiança em alguém, mas sim porque esse alguém, quando eleito, não cumpre em representar-nos. não há contrato de sangue. não há sequer contrato. há um jogo em que pontuações maiores levam a cargos e privilégios. e a porcentagem de ganhadores que pretende manter cargos e privilégios cada vez mais pode ser maior ou menor.
“quando se está na arena, não há fora do jogo”. e no entanto, que seja dito, contra a barbárie: a eleição é algo pontual.
postado em 27 de setembro de 2016, categoria comentários : anarquismo, eleições, jogo, política, pragmatismo, voto
mariana falou sobre grafite na cidade. lembramos:
- de um projeto de grafiteiros mexicanos.
- a série 100 comédia, (o volume 1 é esse? certo). existe uma versão brasileira? talvez sim, como comentada aqui.
- do documentário pixo, mais focado na cena de são paulo.
- há um trabalho feito atrás da estação central que seria legal visitar.
tentamos ajudar jéssica a elaborar um roteiro, com a ideia de “realidade profunda” ou ainda “mundo digital paralelo”. num brainstorm (tempestade cerebral), citamos:
- senhor ninguém, filme de jaco van dormael (2009)
- matrix, filme dos irmãos wachovsky (1999)
- existenz, filme de david cronenberg (1999)
- sword art online, animê de reki kawahara, cuja descrição me pareceu similar em aspectos ao jogo do existnz (2009).
- tron, filme de steven lisberger, onde sujeito fica preso dentro do jogo (1982).
- caverna do dragão, série animada, de 1983-6, em que jovens se vêem presos dentro de um jogo (poderíamos então pensar também no filme jumanji, de joe johnston (1995)).
- waking life, filme de richard liklater (usa videopintura?) e que questiona o que é a realidade, e tem efeitos que misturam visualidades 2D e 3D (2001).
- show de truman, filme de peter weir (1998).
- o homem do futuro, filme de cláudio torres (2011).
- algum filme com um menino e um guarda-chuva (?).
- ponte para terabítia, de gabor csupó (2007).
- um conto do h.p. lovecraft sobre nunca acordar de um pesadelo: a coisa no luar (1927)
postado em 23 de setembro de 2015, categoria oi kabum bh : grafite, jogo, mundo paralelo, orientação, pixo, realidade