feliz 2012 em 5 argumentos apressados

1. o fundamento primeiro da fenomenologia não é fenomenológico, o do materialismo não é material, o da racionalidade é não-racional, etc. / 2. considero esse fundamento uma fé originária; mas de onde ela vem? – esse primeiro “eu acredito” / 3. então é mais que necessário entendermo-nos como diferentes. / 4. nem mesmo entre amigos e familiares podemos concordar assim, em profundidade. / 5. deus existe e deus não existe: crenças que habitam espaços de vivência muito próximos.

feliz 2012!


postado em 28 de dezembro de 2011, categoria Uncategorized : , ,

édipo contrataca

sobre o tema do édipo o professor universitário sabe bem: o destino. o fantasma daquilo que “não precisa ser assim” o ronda: e não há conhecimento ou desconhecimento que o salvaguarde, e ainda que ele tenha se precavido, esposa e filhos. ou assim é, ao menos, às vezes, para alguns: jocasta à espreita / à espreita de jocasta.

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diria lyotard, em peregrinações, (estação liberdade, p.21, 2000): 

“em sua reflexão sobre o desvio categórico que separa o deus e o homem, hölderlin observa que o verdadeiro drama de édipo não é tanto realizar o destilo que apolo lhe prescreveu quanto sobreviver a essa realização. leibiniz diria: é continuar a viver quando, de acordo com a noção que deus tem disso, acabamos. quando a intriga de édipo tinha de desempenhar acaba, pode começar uma forma de pensar que se harmonize com a essência do tempo.”


postado em 8 de dezembro de 2011, categoria Uncategorized : , , , , , , , ,

further and further into pastiche, thus arriving at parody again


postado em 8 de outubro de 2011, categoria Uncategorized : , , , ,

tentativa de interpretação dialética do conjunto da obra de katsuhiro otomo

a partir de lyotard, a condição pós-moderna (1979) direi: a bomba atômica abala crença na legitimação (narrativa) da ciência como o progresso do herói da liberdade rumo à libertação do espírito.


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deleuze e o plano de imanência

A frustração trazida pela compreensão enfim do que é o plano de imanência em Deleuze: sua filosofia é de fato um sistema de pensamento. Ao plano do puro potencial já foram traçados os planos de consistência e organização, o grau zero do corpo sem orgãos é um imaterial, um abstrato, nossos orgãos já se desenvolveram, se funcionalizaram, traçaram planos próprios, individualizaram nossas percepções: como diria William Blake, a unidade foi perdida.

E esses órgãos, individualizados, traçam no máximo planos homogeinizados por uma qualidade (física, perceptiva ou de afeto), mas impedem o contínuo do físico ao afetivo, a aglutinação impensável de um sentido em outro. É como se tudo pudesse ser de outra forma, mas não é. Entre o grande Destino e o estar aberto ao Caos, apenas um modo de dizer.

E no entanto, como discordar, como não dizer que as leis da natureza são apenas hábitos enraizados?


postado em 11 de setembro de 2011, categoria Uncategorized : , ,