diz-se do cavalo hans: não é que sabia matemática, apenas lia as mentes das pessoas; de modo que, se tivesse de responder a ignorantes quanto era 91 dividido por 7, dificilmente bateria a pata 13 vezes. mas se o desafiador fosse sábio, sim. pois a mente era lida no corpo, antes mesmo de poder ser acessada na consciência. e isso era “verdadeiramente racional” – as patadas o demonstraram. assim, sobre a intuição:
se o corpo fala, que diga o cavalo.
postado em 11 de março de 2017, categoria aforismos, comentários : cavalo, der kluge hans, hans, intuição, leitura, mente, o corpo fala
1.
acordo em estado de parede
metade da vida é faxina
a outra metade?
regresso do pó
2.
comigo o amor é o cavalo (eu sou apenas um cavalo)
3.
naquela época eu acordava mais cedo do que eu porque
era a aventura social do mundo
4.
como eu faço para ter aquilo que já tenho?
penso o destino como um queijo suiço
escrevo sem parar que é para amanhã não ter ideias
5.
tua ausência fertiliza o importante
os perigos da solidão a dois
{de alforria blues ou poemas do destino do mar, de júlia de carvalho hansen. belo horizonte: chão de feira, 2013}
postado em 2 de setembro de 2014, categoria prosa / poesia : alforria blues, amor, cavalo, cotidiano, emoções, faxina, júlia de carvalho hansen, parede, poema-plágio, poemas, poemas do destino do mar