morte zero

ultramorte, megamorte, multimorte, nanomorte, nove mihões de maneiras de morrer (nine million ways to die); qual a morte mais mortal? mas não seria essa pergunta justamente descabida? pois não era a morte que estava do lado da diferença e se bifurcou, dando origem à vida, esta sim, com suas inúmeras variações de grau?

lendo land (the thirst for anihilation: georges bataille and virulent nihilism, routledge, 1992), capítulo 9, “abortando a raça humana”, são figurados outros tantos bergsonismos: matéria e espírito, natureza e cultura, caos e ordem, zero e plenitude, forças ativas e reativas, inorgânico e orgânico, guerra e indústria.

To set up the question of difference as a conflict between the one and the many is a massive strategic blunder – the Occident lost its way at this point – the real issue is not one or many, but many and zero. [147]

se esses dualismos remetem a monismos, esses monismos devem remeter ao grande e imenso zero (o próprio zero também), à diferença diferenciante.

{de um modo bastante ingênuo eu esperava que land fosse um deleuzeano que descontaminasse o deleuzianismo de seu bergsonismo}


postado em 16 de junho de 2014, categoria excertos, livros : , , , , , , , ,