teoria da tradução

alain badiou diz em uma bela palestra sobre sua magistral versão da república de platão, que ele teria realizado uma tradução que é mais verdadeira que o original. eu completamente concordo e recomendo a todos a leitura de a república de platão recontada por alain badiou. o que me incentiva a publicar aqui a minha inédita, mas desde já vilipendiada teoria da tradução, que apesar de tudo guardo no coração.

uma tradução, se bem feita, sempre pode ser melhor que o original (versão forte: sempre é melhor que o original). isso se explica: o tradutor atualiza a linguagem, reconectando elos que teriam se desfeito no decorrer dos anos; retira-a do período histórico que, com suas limitações e pressões contextuais, mancha o texto com obscuridades. O texto, assim, torna-se mais claro e como que mais composto de palavras, e não de acenos e expressões de uma época e local perdido.

[dos rascunhos, novembro de 2020]


postado em 21 de março de 2025, categoria aforismos, comentários : , , , ,

esse ainda não

estávamos na ufmg para um encontro do grupo de pesquisa modos de presença nos fenômenos estéticos e no preâmbulo à reunião, lembrei de devolver petrogrado, xangai: as duas revoluções do século xx, de alain badiou, para thiago borges. em seguida, matreiro, retirei da minha mochila a floresta da destruição, um livro jogo de ian livingstone, e perguntei para filipe andrade, como boutade:
– você já leu esse?
ao que ele respondeu, com seu jeito gentil-formal habitual:
– esse ainda não.


postado em 18 de maio de 2024, categoria crônicas : , , ,

vai grécia

2015-07-07 vai grécia

e aqui (português) ou aqui (inglês) um belo texto sobre o oxi, por slavoj žižek. aqui, 11 notas sobre a situação grega, por alain badiou.


postado em 7 de julho de 2015, categoria fotografia, reblog : , , , , , , ,