sonhos banais #2

a bota está justa e meu pé desconfortável. mas quando tiro a meia vejo o porquê. minhas unhas do pé estão grandes. com o dedo, cavoco o meio da do dedão direito, um pouco lascada. ela cede um pouco, fazendo um buraco, daqueles incômodos. agora é realmente necessário cortar a unha. tenho um cortador no banheiro, mas será que devo corta-las na sala, jogando os pedaços no lixo verde?

tento falar com raquel stolf, para relançarmos, agora em digital, o seu excelente assonâncias de silêncios. não consigo acha-la, ou ela demora a responder o e-mail que enviei. por um acaso, surfando nas redes sociais, vejo uma postagem que indica ela publicou o dito cujo. não sei se independentemente ou via algum outro selo. quando acordo, até finalmente conseguir falar com ela (devemos relançar mesmo), me é impossível saber se foi sonho ou não.

faz meses que perdi minha caneta de tablet, provavelmente dentro de um ônibus, nessas de ficar lendo e realçando e, desatento, deixa-la por lá ao sair. mas eis que ela está aqui? estranho. será que eu havia perdido na livraria mesmo? o quão improvável é isso, de achar assim. ou só achei que tinha perdido, mas estava todo esse tempo no bolso do casaco? isso já me aconteceu antes.

acordo, e já verifico notícias no nhk easy. mas não acesso. olho o íncone da internet e há aquela exclamação que indica “sua rede pode estar indisponível”. vou à sala e realmente o modem ridiculamente ruim que a claro/net instalou encontra-se desligado. mas ora, que estranho, deveria estar piscando pelo menos em algum lugar, ele tem tantas luzinhas… só que não, e formulo a hipótese de que falta luz. se bem que há alguma sensação recôndita de que no meu quarto havia algo aceso. checo o interruptor. realmente. vou até as chaves elétricas. são duas. uma está ligada, a outra não.


postado em 10 de junho de 2020, categoria sonhos :