com sapatos salto alto verdes e panturrilhas musculosas na parte inferior, de resto, à parte o colchão – retângulo ereto -, só vemos seus braços, os dedos entrelaçados, um cinto humano, prendendo o colchão ao corpo, se é que há corpo.
“roubada de um fragmento de ‘sexo, amor & outros acidentes’, solo de morena nascimento”.
por ordem de aparição, da esquerda para a direita: naoko, dani, caluã, yumi, mami, sho, michiko, minoru, josé maria, luciana, henrique, carolina, elisa, luquinhas, adriano.
além do balé de dedos, jornais e carteiras, e a impassividade do personagem principal, o filme traça, subterraneamente, como um suspense, a tese de que “só o amor salva”.
“eu acreditei em deus durante 3 minutos.”
mas depois, observem a construção que ressoa estranhamente o dito cristão de que deus escreve por linhas tortas.
“oh jeanne, para alcançar-te, que caminho tive de traçar!”
pickpocket (1959), de robert bresson, com martin lasalle e marika green.
bloco pós-carnavalesco: músicas do cânone clássico cantadas em lalalá, traje de gala (hipster ou não). // dia 09 de março de 2011, 20h, avenida paulista, são paulo. duração: aproximadamente 2 horas.
bateria simples, megafone, instrumentos de percussão variados, coro lalalá. coordenação: felipe ribeiro.
não sei se vamos utilizar isso de fato, me parece que o tempo corre e esse tipo de construção mental não correrá junto… mapa mental de p-blob vva, estrutura.
de qualquer forma, contém anotações mais ou menos ordenadas, que vão sendo feitas durante o processo de composição.
outra reclamação é que é um serviço que quer muito que nós paguemos, e nós não estamos nessa onda.
me parece que a prosódia é sempre exatamente a mesma, é então um arquétipo “dance”, tema+melodia+prosódia (podemos evocar qualquer uma a partir de qualquer outra, apesar do som de kc trazer um toque de “primordialidade”, de “original” dos quais as outras seriam simulacros ou covers (double you).
um pouco mais além, uma lista do youtube para a procura de “baby please don’t go”.
teria de analisar como o blues e o dance diferem em relação a essa súplica, mas parece claro que esses exemplos estão mais próximos de um pedido real, mais falado, do que a fantasia do cantor dance, quase um mero charme, um mote para a comoção.
um rap de mesmo nome (se tiverem paciência, notem a repetição no refrão).
acabo de ouvir um rap (“jesus walk”, de kayne west) cuja base é uma releitura do 3º movimento da 1ª sinfonia de mahler (suposta marcha fúnebre), que por sua vez é uma releitura de frère jacques (canção de ninar francesa, várias versões).
segundo a wikipedia sobre a sinfonia do mahler: ”o contraponto não resolvido foi tem sido interpretado como um conflito entre as implicações católicas do tema “frère jacques” e as qualidades judias, ligada ao estilo klezmer, do tema Die zwei blauen Augen, dessa forma aludindo a um conflito social do qual mahler estava bastante cônscio”.
em um site de letras, há o seguinte comentário: ”good stuff | Reviewer: BJ | 2/2/11 // This song is amazing, just beucase he does some bad things, that doesnt mean that he is not a christian. Noone is perfect that is why we have Jesus to forgive us for our sins. Great song and great lyrics” … “coisa da boa // essa canção é fantástica, só porque alguem faz algumas cagadas, não significa que não é cristão. ninguém é perfeito e é por isso que nós temos Jesus para perdoar nossos pecados. grande canção e letra”.
amarelo é a cor da infidelidade / cinza é a cor dos ladrões, dos larápios / a roxa é para os hipócritas, trapaceiros, egoístas e mentirosos / vermelho é para os amantes verdadeiros, para os apaixonados.
“um dia, um gato”, az prijde kocour (1963), de vojtech jasný.