café e arte

panóptico dn: peça para guitarra elétrica, café com leite grande (um dos melhores já tomados na minha vida), bolo de maçã.


postado em 2 de maio de 2011, categoria Uncategorized : ,

thor

como achei o filme terrivelmente ruim, vou tentar falar pouco dele e mais de uma teoria, já que eu não gostaria de propiciar a ninguém alguma tentação que possa fazer esse alguém incorrer no erro de ver essa película.

quando, na década de 50, john ronald reuel tolkien criara sua terra mítica média, publicando o senhor dos anéis, os povos bons e heróicos eram brancos, europeus, os mais belos e nobres elfos, olhos azuis, os anões irlandeses… já os negros e os asiáticos eram povos malvados, brutos, que se misturavam aos orcs, aos trolls, que gostavam de sarumam.

desde muito, em filmes em que o herói é um europeu americano branco de olhos claros, ou parecido, loiro, ou branco altivo mediterrâneo, para evitar ao máximo de passar a idéia de que um povo malvado e bruto e assustador possa ser uma metáfora para “asiático” ou (mais frequentemente) “negro”; a trupe do herói, seus fiéis companheiros, então, é composta por representantes fidedignos: um negro, um asiático, uma mulher, um francês, quiçá um russo comunista.

a teoria então prediz que logo logo teremos (nessas heróicas batalhas cinematográficas) coadjuvantes árabes, o fiel escudeiro árabe, e o personagem árabe a quem se diz: “este poderia até mesmo ser rei, dada as proezas que executou e sua grande força” (no entanto, é um porteiro, e o rei é o ator de hannibal, um branco barbudo).

ah, e a moral da história, só para constar: coloque seus filhos de castigo.

thor (2011), de kenneth branagh, com chris hemsworth, natalie portman, anthony hopkins e tom hiddleston.


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show de pascoô

23 e 24 de abril de 2011: preparação para o show de pascoô, apresentado no vídeo abaixo. fotos de henrique iwao. uma produção de henrique iwao & carolina sudati, com a colaboração de maryella sobrinho (ovo pontilhado), rapaz (ovo azul), mário del nunzio (ovo preto e platéia), natacha maurer (ovo roxo e platéia). 

vídeo documental do show de pascoô, por henrique iwao, uma produção blip, blip, blip, blip…

vídeo oficial de pascoô pode ser acessado aqui.

fotos do processo, por carolina sudati.


postado em 24 de abril de 2011, categoria Uncategorized : , ,

o primeiro a chegar

uma menina que insiste em tratar de modo arbitrário o amor, em simplificá-lo, transformá-lo em uma tarefa (“é o famoso racionalismo francês”).

se isso tem um quê de narcisismo infantil, como bem adverte o policial, a decisão já foi tomada e não há (supostamente) como voltar atrás. de jogo em jogo, no entanto, um sentimento de incerteza, quando certas naturezas e conflitos afloram.

uma pergunta se delineia: é possível estabelecer um continuum amoroso, em meio relações que se fragmentam ao entrar em contato com diferentes formas de poder?

le premier venu (2007), de jacques doillon, com clémentine beaugrand, gérald thomassin, guillaume saurrel.

 


postado em 17 de abril de 2011, categoria Uncategorized : , ,

cartaz para [ibr39]

usando uma foto tirada em mangaratiba, 2010-12-21, da série café. informações no flickr do ibrasotope.


postado em 12 de abril de 2011, categoria Uncategorized : , , ,

palatnik

página de abraham palatnik: http://www.abrahampalatnik.com.br/.


postado em 11 de abril de 2011, categoria Uncategorized :

cópia fiel

uma mulher encantadora e um homem que é um manual de como irritar essa mulher. 

mas o amor é maior, um amor que abraça o vazio – a relação não é mais do que uma circunstância (fantasiada) no tempo e no espaço.

copie conforme (2010), de abbas kiarostami, com juliette binoche e william shimell.


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bolo de noiva, fotos

projeto criado por marcelo muniz & henrique iwao, tendo como estagiária thayane ferreira. feito durante o curso de tecnologia na música atual, ministrado por fernando iazzetta na usp – segundo semestre de 2009. na presente data está abandonado (precisamos de tempo e financiamento!).

fotos por henrique iwao.


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shows: otto lab

quando e onde. dois sábados, dias 21 e 28 de maio de 2011, 21h, no otto bistrot: rua pedro taques, 129, consolação – são paulo, (11) 3231-5330. entrada a r$ 10,00.

repertório. tábua mobile, com participação de danilo barros (vj danilo_b aka bozo); p-blob vva, pré-estréia!

henrique iwao & marcelo muniz. 

o duo henrique iwao & marcelo muniz foi formado em 2010, com o intuito de viabilizar iniciativas, dentro de um contexto de música experimental, que envolvem construção e engenharia de instrumentos e instrumentários particulares. o duo é especialmente interessado em explorar aspectos visuais e da arte da performance em seus projetos. até o presente momento, projetos realizados incluem: bolo de noiva (2009, abandonado); tábua mobile (2010, versão 1.0 terminada; contou com colaboração de borys duque e apoio de mobile / fapesp); p-blob vva (2011, em andamento, encomenda feita pelo ibrasotope; conta com o apoio da secretaria da cultura do estado de são paulo). www.iwao-muniz.posterous.com

 mini bios.

henrique iwao, botucatu (1983), música e produtor, interessado em música contemporânea e experimental, com ênfase em improvisação e relações possíveis de desestabilização tecnológica. diretor do ibrasotope e um dos idealizadores dos encontros nacionais de compositores universitários. ministra oficinas de sampleamento radical / plunderphonics. lançou dois discos de música eletrônica pela gravadora virtual clinical archives, “dance music” (2008), em parceria com mário del nunzio, e “música eletrônica 2004” (2009), em parceria com del nunzio e bernardo barros. 

marcelo muniz, são paulo (1972), é músico e luthier, graduado em física pelo IFET-SP; atualmente cursa mestrado em neurociências e comportamento na USP, onde desenvolve trabalho de pesquisa sobre a audição, em especial relacionando música e neurociência. desde 2010 atua desenvolvendo instrumentos para música experimental, além de se apresentando ao lado de henrique iwao.

crédito das fotos.

foto 1: guilherme tosetto. foto 2: borys duque?

 


postado em 9 de abril de 2011, categoria Uncategorized : , , ,

o tempo da sua vida

recentemente, (2010) a banda black eyed peas lançou outra “canção de trabalho”, the time (dirty beat/bit), usando o refrão (i’ve had) the time of my life (1987), canção interpretada por  bill medley & jennifer warnes, para o filme dirty dancing.

a releitura tem suas curiosidades. o hedonismo supremo do grupo e sua aceitação de tudo que é “tecnológico e militaresco” são (para mim) uma estetização da idéia de que os estado unidenses devem demonstrar “sintomas da decadência de um império”: esbanjar, gastar despreocupadamente, agir irresponsavelmente, enquanto o “inimigo” se alastra e domina suas terras. é como alguém que diz para si mesmo: é… enquanto estavamos vivendo “a boa vida”, eles estavam perniciosamente agindo.

bom, a utilização apenas do refrão “eu vivi os melhores tempos da minha vida”, partindo para o ambiente de dança de um clube de dança, “onde todos dançam”, elimina justamente o perigo de duas idéias presentes na versão antiga, quais sejam:

1. de que é necessário esforço para atingir a perfeição, de que o caminho é árduo e por isso temos de focar, aprimorar, ir em frente, para conquistar um objetivo.

2. de que existe conjuntamente com esse esforço, uma entrega amorosa, apaixonada, que envolve comprometimento, concentração emocional.

(formas de dança sensuais, …, polainas, ação humana, sendo substítuidas por batidas sensuais, …, representações pixeladas, ação maquínica-digital)

“e eu devo isso tudo a você”. notem como em bep a conotação de par amoroso é obnubilada pela repetição “tecnológica” da palavra “you” (você), remetendo que “os melhores tempos da vida” seriam pura curtição, possível graças à mediação tecnológica, o DJ, os equipamentos de som que animam a pista, as tecno-drogas (anfetaminas), etc…


postado em 3 de abril de 2011, categoria Uncategorized : , , , , , ,