em janeiro de 2011 resolvi parar de usar óculos, por dois motivos: a. eles estavam sempre sujos e riscados; b. eu não podia ficar como um gato passando a cara no chão e nas coisas, ao mesmo tempo que via tudo nítido. resultado: no dia 17 de fevereiro fui até o eye clinic e retirei minha miopia.
a minha médica oftalmologista, patricinha inveterada, discutia sobre casamento com a assistente enquanto operava os lasers “se a fulana não quer casar, que aproveite para dar, dar por aí, tem de aproveitar!”. achei um pouco incômodo, mas não queria (de modo algum!) incomodar a médica!
fotos: henrique iwao & carolina sudati. agradecimentos a senhorita sudati, pelo apoio e paciência (e óculos); para a senhora naoko, pelo ray-ban.
no dia 13 de julho, às 16h20, henrique iwao apresentou uma comunicação no “18th international congress on sound and vibration”, no windsor barra hotel, rio de janeiro – seção estruturada “S26. perception and acoustics enhancing design in musical instruments and other sounding objects”, coordenada por leonardo fuks.
o artigo apresentado, “tábua mobile: an instrument designed for multimedia performance”, escrito por henrique iwao & marcelo muniz, pode ser lido aqui. a apresentação durou 15 minutos e foi em inglês. segue o conteúdo apresentado.
eu considero o file uma vergonha para o sesi, por ser um festival conhecido dentro do mundo artístico como praticante de atitudes pouco éticas na relação com os artistas (rumores de que não paga os shows, economiza em material para instalações, privilegia artistas estrangeiros, etc).
que os artistas só comentem esses fatos nos bastidores é uma mostra triste da condição da categoria.
ademais, bom evento,
henrique.
postado em 14 de julho de 2011, categoria Uncategorized : file, mal humor, sesi-sp
O duo tentará levar apenas aquilo que considera mínimo para realizar uma apresentação pujante: pentes, espátulas, tábuas, dados, bolas da saúde, osciladores, geradores de ruído branco, laptop, microfones diversos, pedras decorativas, tampinhas de cerveja, peões, transistores abertos, bolas de ping pong, leds, vasos, lanternas (mas como não consegue se desfazer do hábito de acumular dispositivos e objetos…).
1) O que significa harmônico na casa 0 (p. ex., segunda linha da página 1)?
harmônico na casa 0 é supostamente isso mesmo, a corda solta, com a mão no comecinho, um som “meio harmônico/meio abafado”.
2) Todas as notas são isoladas (como você havia comentado em algum momento) ou onde tem sinais de ligado isso de fato aplica-se?
as notas não são mais isoladas, deve-se seguir ligaduras. quando não há, são isoladas.
3) O que significam as indicações de frações rítmicas (p. ex., página 3, fim da primeira linha e começo da segunda)? Em relação a que elas se aplicam (qual a unidade base)?
nesse trecho inteiro (X1) a leitura rítmica é feita com semicolcheia = 120 e as figuras devem ser seguidas (note que é um trecho onde as setinhas desaparecem…).
4) O que significa “tap” (página 3, segunda linha)?
humm, significa bater com o próprio dedo da mão que está fazendo o glissando nas cordas, de forma a produzir os ataques correspondentes aos ritmos. nesse trecho a mão direita está mexendo no micro-afinador, então a esquerda tem de dar conta das posições e dos ataques.
5) Como interpreto o ritmo das cordas soltas na página 6, primeira linha?
mais rápido possível, sempre tentando o mais rápido (não se trata de definir “um mais rápido”, mas tentar a cada momento estar no “mais rápido para aquele momento”).
6) Quando há mudanças de afinação, há diferentes figuras rítmicas; na página 7, primeira linha, há “semínimas” em vez das habituais “colcheias” e no final da página 9 há semi-colcheias. Como isso se configura ritmicamente?
do modo tradicional. é uma notação rítmica para os ataques das notas. a afinação deve decorrer no tempo previsto e com os ataques previstos. caso o guitarrista sinta necessidade, logo após, existe a possibilidade de afinar normalmente a guitarra (trechos entre parênteses subsequentes).
7) A seção de tocar com duas mãos (página 6) tem uma velocidade meta?
você deve tocar tendo como meta um andamento em que cada nota corresponda à duração da primeira nota da corda II, indicada com uma seta na partitura.
23 de junho de 2011
Ok. Bom, dentre outras, tem uma coisa que tem se mostrado bastante problemática: em situações mais extremas, o posicionamento da alavanca afeta cada corda de maneira radicalmente diferente – ou seja, por exemplo, manter alavanca 6 semitons abaixo na corda 3 é uma posição bastante diferente da corda 4 ou da corda 2 (alavanca abaixada para 6 semitons em uma corda pode significar 3 semitons em uma ou 10 semitons em outra). Se eu leio de modo prescritivo um momento que a alavanca se mantém eu “acerto” a primeira nota e “erro” as demais. se eu leio de modo descritivo eu ignoro as instruções de alavanca e procuro a nota certa. Sugestões?
nossa. não tinha pensado nisso! respondendo: sempre tente acertar a nota! (exceto nos momentos X1 e X3 em que o computador fará esse trabalho por você).