Microshows Belo Horizonte [006-013]

No fim de semana extendido deste início de setembro, fui até Belo Horizonte, fato comentado no meu outro blog, no posterous. Continuei com meu projeto de microshows, realizando mais 8 destes, de modo similar aos shows realizados em das Überland.

Aqui, cabe já uma microreflexão: embora o instrumentário e a curta duração contribuam para uma atitude próxima ao “brincar”, como o brincar de uma criança com seus brinquedos – parece sempre existir uma atmosfera de confrontamento, como se a coabitação com os sons da cidade só pudesse se estabelecer através do atrito; sons cuja existência é proposital, forçosamente dialogando com sons que são mais como que um subproduto de outras ações: comunicativas e instrumentais.

006. 2011-09-01 Camanducaia, Fernão Dias, posto Euronav, 10h27.

007. 2011-09-01 Belo Horizonte, Artur Alvim 354, 17h24.

008. 2011-09-01 Belo Horizonte, Artur Alvim 354, 12h06.

009. 2011-09-02 Belo Horizonte, Estação Horto Florestal, Avenida Silviano Brandao 2825, 15h53.

010. 2011-09-03 Belo Horizonte, Estação Central, Av. dos Andradas aprox. 130, 14h12.

011. 2011-09-03 Belo Horizonte, Avenida Afonso Pena aprox. 2400, canteiro, 18h09.

012. 2011-09-03 Belo Horizonte, Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado, Avenida Afonso Pena 1537, 18h58.

013. 2011-09-04 Belo Horizonte, Artur Alvim 354, 15h30.

Fotos completas podem ser vistas no Flickr, em Microshows (álbum) e o mapa correspondente, no Google Maps em http://g.co/maps/43gg6.


postado em 7 de setembro de 2011, categoria Uncategorized

belo horizonte, setembro de 2011

resolvi ir a belo horizonte, ver o fad performance e o fad galeria, no museu inimá de paula, ler livros (the yes man, bauman, licht, landy) e artigos (fabbrini, jameson), visitar o café casa bonomi, beber cerveja, encontrar amigos (mas apenas marco scarassatti me deu bola), fazer microshows.

dois trípticos com alexandre fenerich, primeiro utilizando o capacete sonoro, de marco scarassatti; depois, com a mão cortada (esqueceu de colocar luva ao tocar uma “chapa quente” (de zinco), no referido fad.

 


postado em 6 de setembro de 2011, categoria Uncategorized : , ,

pequenos prazeres

setembro, início

1. banheiro gratuito, rodoviária do tietê: um garoto, blusa surrada, 7h40 da matina; esquenta suas mãos no secador.

2. ônibus gontijo, são paulo-belo horizonte: músicas românticas do rei roberto, sem fone de ouvidos, de mãe para filha.

3. ônibus gontijo, belo horizonte-são paulo: garota, patricinha reggeira, fumando maconha no lavatório.


postado em 5 de setembro de 2011, categoria Uncategorized : ,

Melancolia

Um filme leve, quase despretensioso: o homem de ciência se dá mal, o mundo acaba (grande coisa, não chega a ser uma perda dramática), tristão e isolda se encontram na morte, harmonias, melodias – pastiches de si mesmo, os rituais são todos esvaziamentos; mais eis que surge uma dúvida, eles serão de fato renovados? penso que a criança da caverna mágica (demasiado humana) invoca Nietzsche:

“Alguns degraus para trás – Um dos degraus, certamente muito alto, da cultura, é alcançado quando o homem ultrapassa conceitos e medos supersticiosos e religiosos e, por exemplo, não acredita mais nos caros anjinhos ou no pecado hereditário, e até mesmo da salvação das almas desaprendeu de falar: nesse grau de libertação, ele ainda precisa, com suprema tensão de sua lucidez, superar a metafísica. Mas em seguida é necessário um movimento de retrocesso: ele tem de compreender a legitimação histórica, assim como a psicológica, de tais representações, tem de reconhecer como a máxima promoção da humanidade veio de lá e como, sem esse movimento de retrocesso, nos privaríamos dos melhores resultados conseguidos pela humanidade até agora. – No tocante à metafísica filosófica, vejo agora um número cada vez maior daqueles que chegaram ao alvo negativo (que toda metafísica positiva é erro), mas ainda são poucos os que descem alguns degraus para trás; ou seja, devemos, decerto, olhar para além dos últimos degraus da escada, mas não querer ficar sobre eles. Os mais ilustrados só vão até o ponto de libertar-se da metafísica e lançar-lhe, para trás, um olhar de superioridade: e no entanto, também aqui, como no hipódromo, é preciso dobrar o final da pista.”

Melancholia. Dinamarca, Suécia, França, Alemanha, 2011. Escrito e dirigido por Lars von Trier. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg e Kiefer Sutherland. Production House.


postado em 30 de agosto de 2011, categoria Uncategorized : , , ,

Microshows Uberlândia [001-005]

Durante os dias 22 a 26 de agosto de 2011 estive em Uberlândia (Das Über Land, terra de cima), onde realizei os primeiro cinco eventos dessa minha nova série: os Microshows. A idéia consiste em realizar pequenos eventos musicais de caráter lúdico, com duração máxima de 10 minutos, em locais diversos, com ou sem público; esses eventos são documentados e depois veiculados na Internet, com uma ou duas fotos e um excerto de 1 minuto de vídeo. Todos os shows são também georreferenciados, permitindo traçar um diagrama de atuação (no futuro).

O instrumentário utilizado na ocasião consistiu em um amplificador marshall mini, piezo, uma minitábua amplificada, brinquedos eletrônicos, objetos cotidianos e algum elemento local. Embora bastante intuitivamente (e de forma incipiente), procurei tentar articular alguns sons ambientes; a idéia é tentar estabelecer um sentido musical para esses eventos, para além da intervenção performática que eles promovem.

001. 2011-08-23 Uberlândia, UFU bloco 3Q, 11h23.

002A. 2011-08-24 Uberlândia, João Balbino 662, 15h00.

002B. 2011-08-24 Uberlândia, João Balbino 662, 15h15.

003. 2011-08-24 Uberlândia, UFU em frente à Biblioteca, 20h04.

004. 2011-08-24 Uberlândia, Segismundo Pereira aprox. 2000, 21h21.

005. 2011-08-25 Uberlândia, UFU na piscina da Biblioteca, 19h10.

Fotos completas podem ser vistas no Flickr, em Microshows (álbum) e o mapa correspondente, no Google Maps em g.co/maps/22qg.


postado em 28 de agosto de 2011, categoria Uncategorized

2011-07-08 henrique iwao & marcelo muniz: plano-b

apresentação no plano-b live sessions // 08 de julho de 2011, 21h45, plano-b, rio de janeiro. 

i. miscelânea (02 + 03) // minitabuas amplificadas, objetos, estrobos, brinquedos, mesa de som: henrique iwao & marcelo muniz. duração: 52 minutos.

fotos: henrique iwao. filmagem: fátima lopes & henrique iwao. gravação: fernando s. torres e henrique iwao.

de volta para a página de henrique iwao & marcelo muniz.

 

 

 


postado em 21 de agosto de 2011, categoria Uncategorized : , ,

jacarés e a fenomenologia

acordado, semi-dormindo, indo ao banheiro para urinar de 20 em 20 minutos, das 0h às 4h, e esse princípio me atormentando: era preciso repeti-lo, para lembra-lo, para guarda-lo, um homem com insonia, mas também: com um princípio claro, cristalino.

(obscuro)

“é possível compreender a fenomenologia, em sua extensão, analisando a expansão do jacaré (o crocodilo, repito, é um mito, não existe). um jacaré, assim exposto, com 1 metro, expandindo, não apenas em comprimento, mas principalmente, acizentado.”


postado em 18 de agosto de 2011, categoria Uncategorized : , ,

Variations, programas de rádio sobre sampleamento

A Rádio Web Macba (RWM) lançou uma série de programas especiais intitulados variations (variações), disponíveis nos endereços abaixo.

http://rwm.macba.cat/en/variations_tag (inglês) ou 

http://rwm.macba.cat/es/variaciones_tag (espanhol)

“‘Variação’ é o termo formal para uma composição musical baseada em uma outra obra musical anterior, e muitos dos métodos tradicionais (mudança de tonalidade, métrica, ritmo, harmonias ou andamento) são utilizados, hoje em dia, da mesma forma por músicos sampleadores [amostradores]. Mas a prática do amostramento é mais do que a simples modernização ou expansão do número de opções válidas para aqueles que buscam inspiração no refinamento de uma composição prévia. A história dessa música remonta ao advento da gravação, e a sua emergência e desenvolvimento espelha a crescente consciência da relação entre a sociedade e experiência músical. Começando com os precendentes alcançados por Charles Ives e John Cage, VARIATIONS irá apresentar um panorama dos maiores marcos do sampleamento em música, mostrando exemplos de composições do século vinte, arte folclórica e a mídia comercial, até o encontro dessas três tendências nos dias presentes.

Curadoria por Jon Leidecker.”


postado em 31 de julho de 2011, categoria Uncategorized : , , , ,

Fair(y) Tale Use of Copyright

O professor Eric Faden da Universidade de Bucknell criou essa humorada – e informativa – apresentação dos princípios de direito autoral, conduzida pelos mesmos personagens que motivaram a expansão quase perpétua dos termos desse direito (dos Estados Unidos para o mundo). Acessem também: http://cyberlaw.stanford.edu/documentary-film-program/film/a-fair-y-use-tale


postado em 28 de julho de 2011, categoria Uncategorized : , , , ,

diapositivo: seleta / queen -> queer -> deer: laibach

seria a seleta a cachaça do terceiro reich mineiro? e a partir do poema de lewis carrol, comparem a canção one vision (emi / capitol, 1985), do queen:

com geburt einer nation (mute, 1987), do laibach:

a letra foi apenas traduzida para o alemão (com exceção ao “fried chicken”, que foi omitido). em português:

“eu tive um sonho / quando eu era jovem / um sonho de doce ilusão / um lampejo de esperança e unidade / e visões de uma doce união / mas um vento gélido sopra / e uma chuva negra cai / e no meu coração me mostra / olhe o que fizeram com meus sonhos

então dêem me suas mãos / dêem me seus corações / estou pronto / só há uma direção / um mundo uma nação / sim, uma visão”

 


postado em 20 de julho de 2011, categoria Uncategorized : , , , , , , , , ,