financiamento coletivo: NMEaniversário
postado em 21 de julho de 2012, categoria Uncategorized : adolescentes, catarse, cd, financiamento coletivo, legião urbana, nme, nmeaniversário, violão
1. a desconstrução como uma outra liguagem mistificadora, pós marxismo, pós idealismo.
2. o pensamento de deus se infiltra em tudo. em deus. na história. no homem. na humanidade. no distanciamento.
os matemáticos não sabem o que é o número (frege).
os economistas não sabem o que é o dinheiro (silveira).
por que esperar que os músicos saibam o que é o musical? eles operam com um monte de elementos: sons, estruturas, figuras, parâmetros, gestos, ações, notações, impulsos, acentos. mas certamente não poderiam saber o que é o musical. lyotard queria dar a esse fundamento um outro nome, um nome de matéria, e chamou de matiz sonoro.
costumo andar e ter como certo que o chão em que piso está parado, e que ando em linha reta. entretanto, se começo a sentir um balanço, posso estar mareando, e então na realidade estar dentro de um navio, sob o mar. se não estou então será que há uma colocação crítica sob meus pressupostos? por exemplo, uma mudança de perspectiva: estou caminhando sempre em curvas, pois meço meu andar em coordenadas polares em relação ao centro da terra [1].
[1] este argumento me foi fornecido por sasha bezrodnova, durante o iv encontro nacional de contato improvisação.
pop’ecletic (1968)
du pop à l’ane (1969)
gosto muito dessa fase do parmegiani, mas não encontro muitas informações sobre. pode ter sido influenciado pelas colagens situacionistas. entretanto, ambas as peças foram estreadas apenas em 1969: a primeira, uma “collage” para a “exposition des musiques expérimentales/GRM, maison de radio france”; a segunda, uma “suite du film Je, tu, elles”, de Peter Foldés, criada na universidade de southampton (no reino unido). portanto, não aparentam ter relação com maio de 68, por exemplo.
lembro-me de ter ouvido um trecho desta, o trecho final, a partir do minuto 28, no carro, com miryam e mário. é possivelmente a única obra de sofia gubaidulina que me interessou, por sua severidade melancólica, rumo ao trágico, por seu ar bizantino (lembro do filme andrei rublev de tarkovski). o consonantismo e apego pelas belas formas de sofia, me soa como uma atenuação da verve de seus colegas: galina utvolskaya e alfred schnittke.
diz felipe fonseca em inovação e tecnologias livres, pag 23, (em peixe morto, organizado por fabiane morais borges e realizado por submidialogias, 2012):
“As pesquisas sobre fabricação doméstica, impressão tridimensional e prototipadoras replicantes prometem uma nova revolução industrial: a partir do momento em que as pessoas podem imprimir utensílios, ferramentas e quaisquer outros objetos em suas casas, o que acontece? Se um dia pudermos reciclar materiais plásticos em casa – desfazer objetos para transformá-los em outros – quais as consequências disso na produção industrial como a conhecemos hoje? Em paralelo, quando começamos a misturar coordenadas geográficas com a internet móvel, que tipo de serviço pode emergir? Locais físicos podem ser enriquecidos com camadas de informação. E como a ciência de garagem pode enriquecer o aprendizado nas escolas públicas? Esqueça o laboratório de química: hoje em dia, com hardware de segunda mão, os alunos podem montar seus próprios microscópios digitais.”
o livro pode ser baixado em http://bixoverde.org/livros/doc1.pdf. mais informações sobre a reprap pode ser encontrada em http://reprap.org/wiki/RepRap/pt.
30 minutos depois do jogo “corinthians vs boca juniors”, na madrugada do dia 05 de julho de 2012, eu chegara no apartamento da minha prima yumi, em pinheiros, são paulo. queria tomar banho e dormir. felizmente, lembrei de gravar os sons do ambiente: posicionei o zoom h2 perto da sacada, longe do alcance de brie e camembert, os gatos. fiz um chá de “bons sonhos”.
na quarta-feira passada, dia 04 de julho de 2012, participei como intérprete da peça Salvage (Guiyu Blues) (2008), de nicolas collins. aqui está a partitura, e abaixo a gravação da apresentação.
é uma peça bacana e simples: seis intérpretes usam um circuito “morto” e tentam reanima-lo conectando-o a um outro circuito, produtor de som. o sinal é então modulado, nessa ação, de maneiras inesperadas, ou ao menos, idiossincráticas. collins rege a peça, com sinal de entrada e deixas de luz para que os outros músicos congelem seus movimentos por um tempo (o som, estranhamente, não fica “congelado” durante esse gesto).
alexandre marino e missionário josé realizaram uma entrevista com o “cabra gente boa”. a atividade fez parte do iv seminário música ciência e tecnologia, promovido pelo mobile/eca/usp.
tema: i love to love you, baby (donna summer: “eu amo te amar, bebê”).
variantes: