duas propostas de marketing de vendas não muito bem aceitas
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pague 3 pague 3 leve 4 leve 4
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postado em 7 de novembro de 2018, categoria publicitade : .99, marketing, pague 3 leve 4, vendas
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1. resgatei a discografia completa da minha antiga banda de pop bizarro / experimental, o “mundo” entre aspas, antes existentes apenas em CD-r e k7.também organizei e publiquei minha discografia completa. disponibilizei na internet o conteúdo do meu dvd vídeos 2003-2013, esgotado.
2. lancei alguns álbuns de música (ainda chamam assim).
ademais participei da coletânea one minute symphony: apología de los insectos, com a faixa 71, brit-pop.
3. continuei a escrever resenhas de álbuns de música experimental na revista linda. disponibilizei meu artigo éter, silêncio, vazio: experiências problematizadas; talvez ainda outra revisão saia em 2017 – junto (?) com o texto de ray brassier, que traduzi para o português – genre is obsolete.
4. compus uma peça para flauta solo (quatro estudos ou ainda outra coisa); criei mais um solo para mim, solo discoteca, discotecagem vertical – all at once – de hits; elaborei um novo cartão de visitas. no ex tre ma, montei a primeira versão da instalação o que as janelas ouvem, e na exposição cartografias sonoras, uma versão instalativa de mulheres, em exposição até 17 de fevereiro em belo horizonte.
5. fui até @Nll para aprender masterização com paulo dantas. participei da residência ex tre ma, inclusive fazendo um stencil. expus as 22 fotos no ibrasotope (acima) em março e no avantgarden 3, que organizei.
6. produzi o vídeo éter 3, colocando a versão de 10h no youtube. resolvi participar do festival do minuto, categoria mapas sonoros da cidade, com os vídeos cercas bh e fogos de artifício lixo na praia. fiz um videoclipe para block that kick, uma sobreposição de todas as músicas dos beatles, e uma vinheta para divulgar o álbum lado f do disco f-dimensional. meu amor por versões g-major resultou em uma versão de porz goret, de yann tiersen – mas no ano que vem penso em habilitar um heternônimo para lidar com essas coisas. (adendo: o manifestação pacífica lançou uma de the official donald trump jam que é muito boa, acompanhada de um lance meio vaporwave da mesma. no soundcloud deles há também outra faixa, misericórdia, usando a fala do cunha no impeachment).
7. eu quase esqueci do dia nacional contra a humanidade. o avantgarden aconteceu (ainda não fiz a documentação). eu e matthias continuamos, com duas temporadas das quartas de improviso (números 63 a 87 – o qi083 foi registrado em vídeo). fui técnico de gravação e meio técnico de som no sô(m); com a clara metzker, fizemos um álbum musical de bons momentos do mesmo.
8. apresentei-me um bom número de vezes. (continuo com um cachê médio tão baixo que não vale nem divulgar como curiosidade.) toquei no ex tre ma; apresentei as coleções digitais no espaço do conhecimento ufmg (volto a trabalhar nelas em janeiro – sei que já vão 9 anos de ainda não terminei). dos solos, solo discoteca foi apresentado no vespa fxˆ2, e com éter 3 na sala de sons da ufrgs; éter 2 no projeto gaia, de ramanery (acima), e no seminário do sô(m); o brasil não chega às oitavas no fime. improvisei no ccsp com peter jacquemyn, panda e rohrer; no cérebro/gasômetro com ricardo di carli e luciano zanatta; no fime/trackers com ariane stolfi, tiago costa, rita wu, kyle motl, paulo dantas e thelmo cristovam. toquei com o infinito menos (com peter jacquemyn) na audio rebel e na biblioteca mário de andrade. com o coletivo d’istante, no teatro marília e no fea-bh. eu e marcelo muniz despachamos a tábua mobile, queimando a no final, no ibrasotope (vídeo em breve). no começo do ano, passei por curitiba, tocando improv solo e mostrando vídeos na morada brandalise, e por florianópolis, na la maison ribeirão.
dizem que essa é a época para recomendar álbuns de música; pois sim, então.
*. thelmo cristovam: agosto. três faixas longas e contínuas; imersão em 3 cenários movimentados.
¶. peter evans: lifeblood. vi dois shows dele de trumpete solo esse ano, com pitadas jazzísticas. o álbum parece fazer jus ao virtuosismo exibido ao vivo.
§. insignificanto: eva mitocondrial. quatro arcos-texturas que se desenvolvem com um tom de mistério e um cuidado com timbres notável. primeiro trabalho lançado da sannanda acácia.
ø. 夢遊病者: 5772. o disco de rock que ouvi que me chamou a atenção: o jeito com que diferentes camadas se encaixam, às vezes em espaços diferentes.
¢. cadu tenório: rimming compilation: liquid sky e phantom pain. um tanto de internet em um álbum musical duplo.
£. agnes obel: citizen of glass. um pouco de pop chique não faz mal.
¡. henrique iwao: bônus álbum vídeos 2003-2013. improvisos com convidados, em shows de lançamentos do meu dvd (esgotado, mas que disponibilizei pra ver aqui). divulgo porque pouca gente acessou / baixou / ouviu, então quem sabe.
1. coletivo d’istante joga “cobra”, de john zorn; im)provável surto, fundação educação artística, 9 de julho, 19h, belo horizonte.
Primeiramente, fora Temer. Coletivo D’Istante joga Cobra, de John Zorn, improvisação musical pseudo-competitiva usando placas e chapéus. Músicos indicam ao ponto (regência) o que querem; ele abaixa as placas correspondentes: olho (zap!), boca (entram, saem, ficam só alguns), orelha (fazem diferente, trocam e fazem igual, mudam dinâmica), nariz (duos, correntes, eventos), cabeça (memória), palma (para, coda, congela). Músicos guerrilham com chapéus, ignorando placas, aplicando golpes de mão: circula (alterna), chama e indica (imita), fornece (droneia), captura (pausa), liga (correnteia). E guerrilhas tomam o poder, instaurando ditaduras, zonas temporais autônomas ou ainda ecovilas. Democracia e diversão.
2. henrique iwao toca o brasil não chega às oitavas, de sua autoria; fime, praça das artes, 20 de julho, 18h, são paulo.
Nessa apresentação, Henrique Iwao, autor e intérprete, bate panelas e outros utensílios de cozinha freneticamente. Algum efeito de eco colore e preenche o som, de quando em quando. A ação é extrema pela condição de solidão no panelaço, junto à de exaustão das tentativas ocasionais de destruição dos itens utilizados. A obra orienta-se a partir de convenções estipuladas nas formas da música noise, da arte conceitual, do panelaço de protesto e da videoarte.
meu trabalho abarca todas as formas de arte, incluindo a música experimental, a videoarte, a performance e a literatura, mas não a pintura (e o desenho (e também não estritamente a escultura, o circo e certos tipos de poesia lírica)). isso entretanto não significa desprezar a história dessa grande arte que de vermeer a rothko, passando por turner, encantou ao mundo, e mereceu até mesmo um conto especialmente inspirado de perec (a coleção particular). muito pelo contrário. de modo que meu objetivo final seria criar uma obra de arte cuja alma fosse finalmente indiscernível daquela que, aos espíritos mais refinados, amorosos e atentos, pode-se enfim observar como pertencendo ao cravo bem temperado, de johan sebastian bach. que essa obra não seja uma pintura, mas sim uma coleção de peças musicais, não é aqui relevante (e até onde eu saiba, ela tampouco inspira-se em temas pictográficos, como ferneyhough ao referir-se a matta, em la terre est un homme (não que eu goste muito dessa música, prefiro antes terrain, ou a ópera em torno de walter benjamin (aliás, um escritor medíocre)). é claro, essa obra em si, a que eu me referia, fruto futuro de meus mais empenhados esforços e sonho constante de meus empreendimentos mais delirantes, pouco teria a ver com os dois volumes de 24 prelúdios e fugas, de dó maior, subindo até si menor, duas vezes, como duplos disjuntivos. talvez, e estou consciente da tênue esperança que, como o fio de ariadne, me conduz pelo labirinto da intuição humana (com a diferença em relação ao mito de que, no caso, nem o próprio arquiteto, ao construí-lo, diferentemente de dédalo, entendia bem o que exatamente eram suas paredes, e ficava inteiramente perplexo perante o conceito de saída…), exista essa possibilidade. então, se o conjunto de minha obra, da biografia póstuma, às minhas participações em passeatas, por fim chegando aos períodos de silêncio, aos panelaços, à síntese fm e na conclusão de que uma única fixação me perseguia, ou antes que eu a perscrutava, repetidamente, infatigável, sempre e constantemente, pois bem, se ele ao menos tangenciar essa ideia, mas bem melhor seria atingi-la por completo e então minha vida, como tantas outras, não terá sido uma completa perda de tempo.
subtítulo: no congresso internacional da abrestetica 2015 encontrei eduardo socha. ele anda de bicicleta em são paulo. coisa de petralha.
ou como diria j.-p. caron: “achamos vai pra cuba intelectualmente elementar. vamos levantar o nível do debate.”
chronos grill
baby beef
(um empreendimento conjunto com ana rita nicoliello)
1. comercial de impregnante ipê. sujeito lavando a louça, pega frasco similar ao detergente ypê, a sujeira não sai mas sim gruda. ele exclama, levantando a embalagem (e aqui há um zoom em direção a esta). durante isso, ouve-se a fala: “ó, isso não era detergente”. após segundo fixo em ipê, mudança e apresentação de embalagem frasco, fundo de cores coloridas, artificioso, voz em off: “se você quer limpar, não use um impregnante.” com um final um pouco mais leve, voz menos grave e mais ondulada: “impregnantes ipê“.
2. comercial da cerveja noumena. música que é claramente um plágio de mc hammer, em virtude do possível trocadilho infame. deserto, ninguém, grande travelling rumo à praia, obviamente deserta. fusão e cerveja noumena 600 ml, com cores e luzes que deixam ambíguo o fato de haver ou não um conteúdo líquido. o rótulo mostra o emblema da ousia vazia (ø, como eu quis no vídeoclipe do efeito gruen). fundo artificioso colorido, combinando com as cores do deserto-praia. voz em off: “noumena. tome se puder” (com a primeira palavra falada como se a sede fosse saciada e o último a soando como ahh, de alívio; a segunda frase como algo sóbrio e inteiramente recomposto). logo após há uma fusão de volta para a praia (o trecho da música corresponde à ponte em que se canta breaking down), onde vemos, com um movimento de aproximação um martelo, partido ao meio, ser trazido do mar por uma onda, até a areia.
dois vídeos de divulgação do espetáculo inscrição-memória-rasura, de dorothé depeauw, maya dalinsky e infinito menos. próximas apresentações no centro cultural do banco do brasil, belo horizonte, durante o vac 2015, de 15 a 17 de janeiro, 19h.