Um Relato de Sonho de 2006
Achei esse relato hoje e apesar de estar procurando citações de Deleuze para um possível projeto, que preciso terminar logo logo, desviei meu esforços por alguns minutos.
“30-06
Sonhei que disputava a final mundial de luta livre e ganhava. Todos os meus dentes e os do oponente se esfacelavam, voava um sangue vermelho da boca bem vivo e bonito; ao final – grande emoção, guardo meus dentes em resina dourada brilhante, 3 deles, frontais, já tendo dentes biônicos novos.
É hora do lanche, abro meu tapeware e dou um cookie de aveias para Mário; há inúmeras bolachas gigantes, como pode? Eu não sendo assim tão forte ganhar esse campeonato mundial, mas estou orgulhoso, outro Mário – modelo da Samsung na China agora na Turquia! – aparece num outdoor não lembro, é um filme, há robos e uma nave, cubos transparentes como em Duchamp (e desenhos com lápis estelar, figuras geométricas simples, vários lápis de cor, mas o último muda de cor no meio do desenho).
Suspense, chega um comunicado do presidente dizendo que era necessário mudar a frequencia visual das cores dos desenhos. Um eu lírico pega o comunicado e lê, mas o Doutor Louco que lidera a espedição rasga tudo com raiva e ri alto uma gargalhada teneborsa… Algo de estranho, no entanto: acontece – uma pequena alteração na configuração espectral dos cubos, que implicará em problemas com os robôs no Futuro do Filme -, que engenhoso, muito bem feito para a época, olha a tomada da entrega na rua, até parece realmente outro planeta.
E confessar que eu só percebi que era um sonho (uma dama me acompanhava) quando tentei ler os números do folheto da luta e tudo estava em qualidade muito ruim, feito arquivos de imagem de 2k; em sonho é impossível ler, já diria Bruce Wayne (vide chapeleiro)… Depois: meleca erótica amorfa padrão com muitas Garotas Fluxo.”
postado em 27 de agosto de 2008, categoria prosa / poesia