é preciso estar atento não apenas ao movimento das paredes, mas a seu crescimento. um descuido, uma viagem para a europa de navio, uma estadia em campinas e belo horizonte, um cargo novo em juiz de fora e a surpresa de ver sua antiga morada a se transformar num labirinto.
fotos de natacha maurer, ibrasotope 2013-07-14.
Clici-clic. Clici-clic down and down. Clici-clic. Clici-clic. Clici-clic up and up. Up and down. Up and down clici-clic; clici-clic; clici-clic… Clici-clic. Clici-clic. Up. Down.
When his four walls would rise and separate like this, they would make a kind of clici-clic twang of a sound.
GX Jupitter-Larsen, Adventures on the High Seas, 2010 Enigmatic Ink, p.120.
postado em 17 de setembro de 2013, categoria crônicas : adventures on the high seas, clici-clic, gx jupitter-larsen, ibrasotope, natacha maurer, paredes, viagens
1. hugleikur dagsson: playing the hitler card.
2. a regra das analogias nazistas de goldwin diz:
à medida que cresce uma discussão online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo adolf hitler ou nazismo aproxima-se de 1.
3. um bom texto sobre o assunto, cujo nome tomei para essa postagem: reductio ad hitlerum, por kerry bolton.
4. mas, e outras personalidades históricas. sofriam da mesma sina discursiva? judas, por exemplo. reductio ad iscariotium?
postado em 6 de setembro de 2013, categoria crônicas, reblog : adolf hitler, hugleikur dagsson, judas iscariotes, kerry bolton, lei de goldwin, nazismo
1. ah eu podia estar em berlin, mas estou em behagá, pelo menos é o mesmo número de letras (de número).
2. essa semana eu estive com um ótimo humor. a única causa razoável que tenho pra isso foi o pó de café que comprei em são paulo, e as cafeteiras. como algo tão pequeno faz a vida de um homem melhorar tanto! se aproveitando disso é que, pelo amor à desigualdade, a il barista fixou o preço a 60 reais o quilo.
3. 07 de agosto estou a comprar pão de queijo na padaria. um sujeito entra e pede um maço de cigarros e entrega uma nota de 50. a moça olha, e não tem, nem 25 centavos pera lá. o sujeito diz que tem e como a moça está matreira ele rodeia algo pra em seguida poder perguntar do maridão. ela diz: “meu marido chama fulano de tal da cruz, aquele chifrudo”. e dá risadas…
postado em 16 de agosto de 2013, categoria crônicas : belo horizonte, berlin, café, il barista, padaria
1. minha máxima predileta sobre o fde em 2010 era: o pessoal do fora do eixo gosta de rock. o pessoal do fora do eixo acha que gosta de outras coisas, que não rock.
2. uma rede formada com pose de franchising.
postado em 11 de agosto de 2013, categoria crônicas : fora do eixo, franchising, redes, rock
oggi è il giorno di fibonacci! complimenti a tutti. giorno d’oro, di coppie di conigli, di nautilus, insomma, di pura proporzionalità!
postado em 5 de agosto de 2013, categoria crônicas : leonardo fibonacci, série de fibonacci
1. quero ser comunista e rico.
2. pcdob.
postado em 4 de agosto de 2013, categoria crônicas : comunismo, partidos, pcdob
prólogo: nesses dias em que há as marchas das vadias, também há acusações de estupro em ações da polícia militar durante manifestações; também há a bancada evangélica fazendo pressão contra hospitais atenderem vítimas de estupro (em virtude de sua posição contrabortista). bem, posto aqui sobre o estupro, com algumas semanas de espera. é um assunto que me incomoda um tanto, e confesso que ao final do documentário citado abaixo estava bastante consternado. mas, tal como outras coisas que passam indiscutidas, sinto que precisamos cavocar mais a ferida. quantas pessoas estupradas conhecemos? eu mesmo, conheço algumas.
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1. militares… sempre dando um jeito de estuprar durante ações estratégicas por aí… (exemplo, casos durante a pacificação do morro do alemão, pinheirinho etc.) bom, nos eua parece que uma das táticas é manter a coisa “interna”. o documentário invisible war (2012), de kirby dick parece dizer que sim. (um trecho aqui)
2. abaixo, cinismo mtvesco.
2.1 não sei como ser traída pode ser melhor que ser estuprada.
2.2 mesmo sendo uma pessoa dada, na hora do sexo é bom poder escolher os parceiros.
corolário1: pelos 41 minutos do documentário começa a haver menção de casos de estupros de homens também. // corolário 2: o sistema militar obviamente dificulta todo tipo de ação contra militares. com certas diferenças, é válido também para o brasil. veja alguns dos argumentos em http://youtu.be/QlgTo45W-Vs?t=8m40s e http://youtu.be/QlgTo45W-Vs?t=24m0s.
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3. no japão, há inúmeras animações (hentais) tematizando estupros. me parece que há um esquema preponderante, que circunda a produção: “a garota não quer fazer sexo. ela é forçada a fazer sexo. ela sofre, mas começa a gostar. ela gosta de sexo. ela nasceu pra isso”. claro que como o tema é anunciado, o que acontece é que a garota só precisa de um evento para desvelar sua verdadeira natureza, naturalmente, sexualmente selvagem. então quando uma personagem começa a sofrer, ou é drogada para gostar de sexo, o público já sabe de antemão que aquela é apenas uma etapa rumo a um maior autoconhecimento por parte da personagem.
4. há um documentário el império dos sin-sexo, de pierre caule, mostrando japoneses como parte de uma sociedade em que há cada vez uma maior separação entre sexo e relacionamentos, no sentido de supressão dos relacionamentos. uma prostituta é uma prestadora de serviços, uma boneca ou um tubo-vagina são produtos; não estão sujeitas à lógica do estupro. pode ser visto aqui.
4.1 há um artigo sensacionalista fazendo uma reflexão interessante sobre o documentário (com algumas informações equivocadas, mas que ainda assim levanta questões).
4.2 reinterpretar 3 a partir de 4.
coroloário 3: segundo uma estatística de 2010, a porcentagem de estupros registrados por cem mil habitantes no estados unidos é cerca de 25 vezes maior nesse ano, do que os do japão. obviamente, há o problema do registro: apenas uma menor parte das ocorrências é registrada; ademais, há pequenas diferenças na definição legal do que seja a ação. os dados usados são das nações unidas. o brasil consta como “não forneceu dados”.
postado em 27 de julho de 2013, categoria crônicas, música : complexo do alemão, estados unidos, estupro, hentai, império dos sin-sexo, invisible war, japão, katy perry, kirby dick, militares, nações unidas, pierre caule, pinheirinho, pm, rihanna
terminal: sudo rm -rf /
(…) cause reality is shit and cyberspace is god // HERE’S THE ORDER: // delete yourself / go! // delete yourself! you got no chance to win!
postado em 26 de julho de 2013, categoria crônicas : apple, atari teenage riot, delete yourself, macbook, sudo, sumiço, terminal
estão dizendo que no rio de janeiro a polícia militar está sendo democratizada.
como disse meu colega paulo dantas, depois dessa dá pra ter uma ideia de como foram as pacificações. quando começarem a estuprar manifestantes, eu diria.
{fotos ausentes: policial apontando morteiro pra galera, hospital com bomba de gás, palácio laranjeiras com “casa da corrupção” projetado na sacada, globo sonega, pm a paisana dando tiro de borracha à queima roupa}
postado em 13 de julho de 2013, categoria crônicas : democratização, manifestações, militares, polícia militar, rio de janeiro
quando disse que manteria conforme agendado o show no nelson bordello, do qi, as pessoas me aconselharam a cancelar. disse que não, que não concordava de modo algum com ter de cancelar, ainda mais pelos seguintes motivos espúrios:
- que o governador prometera anestesiar toda a população, seja com futebol, seja com porradaria, tropa de choque, exército e não apenas a polícia militar;
- que o prefeito disse que (l)a merda era pouca, que as pessoas precisavam apanhar mais;
- que decretaram feriado na cidade, para que as pessoas pudessem ficar em casa;
- que disseram que iam diminuir a frota de ônibus, e também reduzir os horários de funcionamento do metrô;
mas fui obrigado a cancelar, com o perigo da pm e exército de depredarem o local, de danificarem nosso equipamento, com a possibilidade de ficarmos sem translado. tive de aceitar que o poder público realmente me proibiu de trabalhar. ou fico em casa lendo, ou vou pra rua temperar a cara e cheirar gás. trabalhar, não, não pode, nem à noite, muito depois do horário da manifestação.
postado em 26 de junho de 2013, categoria crônicas : antonio augusto junho anastasia, belo horizonte, governo, marcio araújo de lacerda, nelson bordello, poder público, polícia militar, qi, trabalho