Orientação #4

José Vitor perguntou sobre referências de paisagem sonora e gravação de campo.

Hildegard Westerkamp é possivelmente a maior referência do gênero (um exemplo aqui – ela usa gravações de campo como material para uma arte que procura sensibilizar sobre a paisagem sonora mundial e a escuta).

Thelmo Cristovam fez as fotofonografias, gravações de campo acompanhadas de foto. Renata Roman começou a fazer gravações que procuravam mapear São Paulo, em SP Sound Map.

Michael Pisaro tem inúmeros trabalhos. Lembro aqui de Transparent City, que são 24 gravações em Los Angeles, de 10 minutos em locais específicos, separadas por silêncios (são 4 CDs). As gravações são misturadas com sons eletrônicos simples, do tipo senóide.

Jacob Kirkegaard – 4 rooms (quatro salas), em que faz processos de retroalimentação em lugares radiotivos de Chernobyl.

Peter Ablinger gravou na série Branco/Brancura (Weiss/Weisslich) sons de folhas de árvores específicas balançadas pelo vento. A história é que era muito difícil fazê-lo sem pegar outros sons. No livro diz que para certas árvores ele ficou horas para gravar 40 segundos de som ininterrupto.

Meu selo lançou dois álbuns que têm a ver. Marco Scarassatti, Rios Enclausurados: cartografia sonora de rios concretados na cidade de Belo Horizonte, algumas vezes inclusive de dentro dos bueiros (entrevista aqui). Cidade Arquipélago, de Paulo Dantas (é legal baixar, porque tem infos legais no encarte), com gravações de som binaurais (com microfones dentro do ouvido) de lugares no Japão.


postado em 13 de novembro de 2015, categoria oi kabum bh : , ,