antes do eterno retorno
em a arte de ser feliz (schopenhauer, martins fontes, 2005) encontram-se formulações pré-nietzscheanas que, pessimismo à parte, prefiguram o eterno retorno:
(…) devemos nos habituar a considerar cada fato como necessário: esse fatalismo tem muito de tranquilizante e, no fundo, é correto. Mas da simples lei da causalidade deriva o fato incontestável de que (…) verdadeiramente possível sempre foi apenas o que se tornou ou o que se tornará real. (…) mas aquilo que pode acontecer acontece com certeza, pois, caso contrário, não pode acontecer. [máxima 39]
No caso de uma desventura, não permitir nem mesmo o pensamento de que tudo poderia ser diferente. [máxima 41]
A definição de uma existência feliz seria: uma existência que, considerada em termos puramente objetivos – ou (pois trata-se aqui de um julgamento subjetivo) com uma reflexão fria e amadurecida -, seria decididamente preferível à não-existência. Dessa concepção deduz-se que nos apegamos a essa existência pelo que ela é em si mesma, e não apenas por temermos a morte; isso por sua vez, significa que desejamos vê-la perdurar eternamente. [máxima 49]
postado em 3 de maio de 2016, categoria comentários : arthur schopenhauer, eterno retorno, filsofia, friedrich nietzsche, pessimismo
veja como é simples he