eimas 2013

eu mesmo não entendi o eimas, encontro internacional de música e arte sonora, sediado pela universidade federal de juiz de fora, da primeira vez que fui. há nele algo, mesmo antes com daniel quaranta, pedro bittencourt e luiz eduardo castelões, e neste último, com quaranta e alexandre fenerich, que se mantém, edição após edição: o dissenso.

acostumamo-nos tanto ao malfalado horizonte de consenso que por vezes esquecemos do dissenso. sim, é um encontro entre artistas e intelectuais da música contemporânea e da arte sonora, mas o que isso quer dizer não é um isso. há uma cisão, e simplificadamente, ao menos dois gêneros com partidários dissênticos. um diferendo. a música eletroacústica e contemporânea ligada a certa tradição (mais institucional, festivais internacionais) e a música experimental ruidosa (mais caseira, ligada a pequenas cenas) podem de fato ser reunidas sobre um único guarda chuva?

sim, podem, mas desde que se respeite um certo desprezo de praticantes de um gênero em relação à produção do outro.

de resto, esse espaço importante de reunião, de trocas seletivas, de (re)encontros, de pinga e pizzas.


postado em 11 de outubro de 2013, categoria comentários, shows / eventos : , , , , , ,
  1. henriqueiwao@gmail.com disse às 11:48 em 11 de outubro de 2013:

    o vídeo acabou por privilegiar um lado da balança…

  2. henriqueiwao@gmail.com disse às 20:02 em 21 de outubro de 2013:

    fenerich protestou que a visão de “dois partidos” é demasiada grosseira.