eimas 2013
eu mesmo não entendi o eimas, encontro internacional de música e arte sonora, sediado pela universidade federal de juiz de fora, da primeira vez que fui. há nele algo, mesmo antes com daniel quaranta, pedro bittencourt e luiz eduardo castelões, e neste último, com quaranta e alexandre fenerich, que se mantém, edição após edição: o dissenso.
acostumamo-nos tanto ao malfalado horizonte de consenso que por vezes esquecemos do dissenso. sim, é um encontro entre artistas e intelectuais da música contemporânea e da arte sonora, mas o que isso quer dizer não é um isso. há uma cisão, e simplificadamente, ao menos dois gêneros com partidários dissênticos. um diferendo. a música eletroacústica e contemporânea ligada a certa tradição (mais institucional, festivais internacionais) e a música experimental ruidosa (mais caseira, ligada a pequenas cenas) podem de fato ser reunidas sobre um único guarda chuva?
sim, podem, mas desde que se respeite um certo desprezo de praticantes de um gênero em relação à produção do outro.
de resto, esse espaço importante de reunião, de trocas seletivas, de (re)encontros, de pinga e pizzas.
postado em 11 de outubro de 2013, categoria comentários, shows / eventos : arte sonora, diferendo, dissenso, eimas, henrique iwao, nicolas collins, vídeos 2003-2013
o vídeo acabou por privilegiar um lado da balança…
fenerich protestou que a visão de “dois partidos” é demasiada grosseira.