tournier e o outrem
em sexta-feira ou os limbos do pacífico, michel tournier escreve (rio de janeiro: bertrand brasil, 1991, p. 31):
descobriu assim que outrem é para nós um poderoso fator de distração, não apenas porque nos perturba constantemente e nos arranca ao pensamento atual, mas ainda porque a simples possibilidade do seu aparecimento lança um vago luar sobre um universo de objetos situados à margem da nossa atenção mas capaz a todo o momento de se lhe tornar o centro. esta presença marginal e como que fantasmal das coisas com que, de imediato, não se preocupava apagara-se aos poucos no espírito de robinson. encontrava-se doravante rodeado de objetos submetidos à lei sumária do tudo ou nada (…)
a arte, certas práticas: como essa dissolução da virtualidade não é individualista, mas sim individual, sem outro – devir.
postado em 26 de agosto de 2013, categoria comentários : arte, indivíduo, michel tournier, outrem, sexta-feira ou os limbos do pacífico, virtual
[…] e ser sexta-feira? robinson crusoe fica confuso. e muito porque está só quanto à decisão sobre o tempo e a produção. e tem de conviver com sexta-feira todo dia. então […]