o fim da música, por safatle
porque eu de fato ia dar uma comunicação sobre o fim da música no ii seminário de estética e crítica de arte da usp – “arte e política, territórios em disputas”, em setembro passado, gostaria aqui de comentar o artigo recente de vladimir safatle. isto porque, apesar de continuar sendo fácil critica-lo, sinto que as pessoas estão perdendo o melhor que se pode extrair dele.
1. fim = finalidade. para que serve a música, qual sua utilidade etc.
2. talvez safatle quizesse dizer que o brasil deveria voltar a se formar com ferro, fogo e música.
3. isto é: se houvesse um programa oficial de contínua construção da nação, aquilo que sempre foge ao programa oficial poderia então gerar uma nova fase de complexificação da autoimagem. nesse sentido, o funk é bastante problemático, porque já nasce combatido pelo estado. o sertanejo universitário, envolto em esquemas não declarados de apropriação do maquinário estatal. nenhum deles cumpriria essa função.
postado em 11 de outubro de 2015, categoria comentários : fim da música, funk carioca, ii seminário de estética e crítica da arte da usp, movimento de massas, realismo socialista, seminário, sertanejo universitário, vladimir safatle
[…] comecei uma coluna de resenhas intitulada hora da peteca: grandes álbuns desconhecidos ou nem tanto, na revista linda [está fora do ar, mas volta em breve]. comecei com anton maiden, passei por raquel stolf, tetuzi akiyama, as mercenárias, thom johnson e caroline k.. para a edição impressa, escrevi sobre noise no brasil. ademais um artigo meu, antigo e caótico foi publicado numa revista acadêmica, circundando o tal do arreferencialismo, e outro eu republiquei porque era parecido; também participei de um congresso de estética, para ver qualé, falando contra a noção de experiência, mais ou menos (ou talvez não), e deixei de participar de outro, na usp. […]