negociação, uma piada infame
A: não vou te pagar nada pelo seu trabalho.
B: mas eu trabalhei bem. pague ao menos oitocentos.
A: é muito. pago metade disso.
B: como está pão duro. pague seiscentos.
A: quinhentos.
B: e cinquenta.
A: quinhentos e vinte e cinco é pegar ou largar.
B: pois e trinta e sete e cinquenta centavos.
A: fechemos em trinta e um e vinte e cinco centavos.
B: e três e cinquenta e nove.
A: quinhentos e trinta e dois e oitenta e um centavos.
B: olha, quinhentos e trinta e três reais, trinta e nove centavos e não se fala mais nisso.
A: pago 20 centavos.
B: pague 30 vá lá.
A: vinte e cinco centavos e negócio feito.
B: vinte e sete. seja razoável.
A: vinte e seis minha última oferta.
B: quinhentos e trinta e três reais, vinte e sete centavos!
A: quinhentos e trinta e três reais, vinte e seis centavos, isso sim!
B: vinte e seis então.
A: vinte e seis mesmo.
B: vinte e seis centavos.
A: com vinte e seis acabou a negociação.
B: trinta e três e vinte e seis.
A: trinta e três reais e vinte e seis centavos.
B: quinhentos e trinta e três reais e vinte e seis centavos.
A: quinhentos e trinta e três e vinte e seis logo pago lhe.
B: é. quinhentos e trinta e três e vinte e seis centavos pague me logo.
e assim por diante etc.
postado em 4 de agosto de 2018, categoria prosa / poesia : metade, negociação, séries, zenão de eléia