1. resgatei a discografia completa da minha antiga banda de pop bizarro / experimental, o “mundo” entre aspas, antes existentes apenas em CD-r e k7.também organizei e publiquei minha discografia completa. disponibilizei na internet o conteúdo do meu dvd vídeos 2003-2013, esgotado.
2. lancei alguns álbuns de música (ainda chamam assim).
- vídeos 2003-2013: bônus álbum: shows de lançamento. excertos de improvisações musicais dos shows de lançamento do tal dvd, com convidados.
- o “mundo” entre aspas: lado f do disco f-dimensional. experimental grind e pop experimental: faixas renegadas e esquecidas da minha antiga banda, coletadas de arquivos de 2004-7.
- alvin lucier’s mor moning just me a. reelaboração retrógrada de i’m sitting in a room, de alvin lucier.
- naoaaacm redux. blocos de beatles-tudo-junto.
- not as official an artist as cildo meireles. estudo de plágio / beatles-tudo-junto (versão musicológica – estrita).
ademais participei da coletânea one minute symphony: apología de los insectos, com a faixa 71, brit-pop.
3. continuei a escrever resenhas de álbuns de música experimental na revista linda. disponibilizei meu artigo éter, silêncio, vazio: experiências problematizadas; talvez ainda outra revisão saia em 2017 – junto (?) com o texto de ray brassier, que traduzi para o português – genre is obsolete.
4. compus uma peça para flauta solo (quatro estudos ou ainda outra coisa); criei mais um solo para mim, solo discoteca, discotecagem vertical – all at once – de hits; elaborei um novo cartão de visitas. no ex tre ma, montei a primeira versão da instalação o que as janelas ouvem, e na exposição cartografias sonoras, uma versão instalativa de mulheres, em exposição até 17 de fevereiro em belo horizonte.
5. fui até @Nll para aprender masterização com paulo dantas. participei da residência ex tre ma, inclusive fazendo um stencil. expus as 22 fotos no ibrasotope (acima) em março e no avantgarden 3, que organizei.
6. produzi o vídeo éter 3, colocando a versão de 10h no youtube. resolvi participar do festival do minuto, categoria mapas sonoros da cidade, com os vídeos cercas bh e fogos de artifício lixo na praia. fiz um videoclipe para block that kick, uma sobreposição de todas as músicas dos beatles, e uma vinheta para divulgar o álbum lado f do disco f-dimensional. meu amor por versões g-major resultou em uma versão de porz goret, de yann tiersen – mas no ano que vem penso em habilitar um heternônimo para lidar com essas coisas. (adendo: o manifestação pacífica lançou uma de the official donald trump jam que é muito boa, acompanhada de um lance meio vaporwave da mesma. no soundcloud deles há também outra faixa, misericórdia, usando a fala do cunha no impeachment).
7. eu quase esqueci do dia nacional contra a humanidade. o avantgarden aconteceu (ainda não fiz a documentação). eu e matthias continuamos, com duas temporadas das quartas de improviso (números 63 a 87 – o qi083 foi registrado em vídeo). fui técnico de gravação e meio técnico de som no sô(m); com a clara metzker, fizemos um álbum musical de bons momentos do mesmo.
8. apresentei-me um bom número de vezes. (continuo com um cachê médio tão baixo que não vale nem divulgar como curiosidade.) toquei no ex tre ma; apresentei as coleções digitais no espaço do conhecimento ufmg (volto a trabalhar nelas em janeiro – sei que já vão 9 anos de ainda não terminei). dos solos, solo discoteca foi apresentado no vespa fxˆ2, e com éter 3 na sala de sons da ufrgs; éter 2 no projeto gaia, de ramanery (acima), e no seminário do sô(m); o brasil não chega às oitavas no fime. improvisei no ccsp com peter jacquemyn, panda e rohrer; no cérebro/gasômetro com ricardo di carli e luciano zanatta; no fime/trackers com ariane stolfi, tiago costa, rita wu, kyle motl, paulo dantas e thelmo cristovam. toquei com o infinito menos (com peter jacquemyn) na audio rebel e na biblioteca mário de andrade. com o coletivo d’istante, no teatro marília e no fea-bh. eu e marcelo muniz despachamos a tábua mobile, queimando a no final, no ibrasotope (vídeo em breve). no começo do ano, passei por curitiba, tocando improv solo e mostrando vídeos na morada brandalise, e por florianópolis, na la maison ribeirão.
postado em 2 de janeiro de 2017, categoria publicitade : 2016, henrique iwao, produção, relatório
dizem que essa é a época para recomendar álbuns de música; pois sim, então.
*. thelmo cristovam: agosto. três faixas longas e contínuas; imersão em 3 cenários movimentados.
¶. peter evans: lifeblood. vi dois shows dele de trumpete solo esse ano, com pitadas jazzísticas. o álbum parece fazer jus ao virtuosismo exibido ao vivo.
§. insignificanto: eva mitocondrial. quatro arcos-texturas que se desenvolvem com um tom de mistério e um cuidado com timbres notável. primeiro trabalho lançado da sannanda acácia.
ø. 夢遊病者: 5772. o disco de rock que ouvi que me chamou a atenção: o jeito com que diferentes camadas se encaixam, às vezes em espaços diferentes.
¢. cadu tenório: rimming compilation: liquid sky e phantom pain. um tanto de internet em um álbum musical duplo.
£. agnes obel: citizen of glass. um pouco de pop chique não faz mal.
¡. henrique iwao: bônus álbum vídeos 2003-2013. improvisos com convidados, em shows de lançamentos do meu dvd (esgotado, mas que disponibilizei pra ver aqui). divulgo porque pouca gente acessou / baixou / ouviu, então quem sabe.
postado em 22 de dezembro de 2016, categoria publicitade : 2016, cadu tenório, henrique iwao, insignificanto, lista, música, peter evans, recomendações, thelmo cristovam, 夢遊病者
rui chaves está fazendo um compilado de arte sonora em terrenos brasileiros chamado nendu. na minha entrada, consta uma segunda tentativa, depois desta, de realizar um texto no formato “artist statement”.
Trabalho com música experimental, desenvolvendo
(1) Trabalho como improvisador dentro do gênero improvisação livre. Toco objetos do cotidiano, uma tábua amplificada que eu mesmo criei, brinquedos e eletrônica. Tenho grande preocupação na criação de articulações formais diversas e procuro equilibrar arcos gestuais intensos e texturas mais estáticas. Ademais, há muito de humor no modo de tocar.
(2) Trabalho em música eletrônica, realizando (a) música eletroacústica explorando maneiras não usuais de utilização de síntese sonora e (b) colagens musicais, explorando a possibilidade de edição de som intrincada, seja em coleções digitais a partir de objetos sonoros característicos ou muito marcantes na produção de certo artista-provedor-dematerial ou em outras propostas como normalização de trechos silenciosos, empilhamento de várias músicas para resultar em ruídos densos.
(3) Trabalhos diversos específicos, influenciados por algum fator extra-musical ou consideração filosófica: um solo envolvendo panelaço e projeção de jogos de futebol; um álbum de silêncio abordando indiscerníveis e performances quase completamente silenciosas de longa duração; trabalho com amplificação de hums da corrente elétrica e sistemas de luz; gravações de som diversas, em que o som ambiente se aproxima do de ruído branco.
(4) Vontade de abarcar o mundo: colaborando com diversas pessoas para desenvolver trabalhos específicos e variados de fotografia, escultura, video, texto, prosódia musical, performance, instalação multimídia e interpretação de jogos musicais e música aberta/indeterminada.
(5) Ações que visam fortalecer a comunidade estabelecida a partir de afinidades com a música experimental; organização de eventos de música experimental. Curadoria dentro desse âmbito e escrita de artigos sobre o assunto. Também gosto de praticar Contato Improvisação e tomar um bom café.
postado em 3 de novembro de 2016, categoria reblog : arte sonora, artist statement, declaração de artista, henrique iwao, nendu, rui chaves
a respeito do artigo éter, silêncio, vazio: experiências problematizadas, disponibilizado aqui.
(i). referências
- dadaforma, a de-compilation of plataforma records (PLATARECS100).
- henrique iwao – §6.4311 (2014).
- henrique iwao – éter 2 (2014).
- nick land sobre georges bataille – the thirst for annihilation: georges bataille and virulent nihilism, (routledge, 1992, +).
- ray brassier – genre is obsolete (em noise & capitalism, organizado por mattin e iles, arteleku audiolab, 2009).
- to live and shave in l.a.
- ruzelstirn & gurgelstøck (um dos nomes artísticos de rudolf e.ber).
- verbete da wikipedia em inglês sobre os pontos de experiência.
- ghost in the shell, série de mangás e animes, originalmente por masamune shirow (1989-2015).
- código 46, um filme de michael winterbottom (2003); matrix, um filme dos irmãos wachowski (1999).
- compression sound art, vídeo de johannes kreidler (2009).
- babylon sisters and other posthumans, coletânea de contos de paul di filippo (2002, +).
- exemplo de pássaros tocados mais lentamente (– contra +).
- james whitehead em the shortest piece of music, aborda questões muito caras e por vezes parecidas ao que eu me preocupei (especialmente em §6.4311) (também de 2014).
- gx jupitter-larsen – vacant lot (1981).
- xylowavepoderes, uma postagem desse blogue (2012).
- a anedota sobre terry jennings (há um erro na segunda aparição do nome no artigo) foi lida aqui, e apesar de lembrar da história, não consegui achar uma outra fonte para a mesma (mais confiável).
- parece que os feitos de henry flynt estão cada vez mais presentes na cultura (vídeo de uma retrospectiva, 2013).
- recomendo bastante a leitura do livro no medium, de craig dworkin (+, –, 2013).
- jens brand trata de stille-landschaft em sua página (2002).
- christian wolff: stones (CD, editions wandelweiser, 1996 , +).
- ano passado escrevi um artigo sobre o álbum assonâncias de silêncio, de raquel stolf, para a revista linda.
- 0’00” de john cage pode ser uma peça cheia de sons (1962); silent prayer, por outro lado, não (1948).
- meu conhecimento das obras de jarrod fowler, como 70’00″/17, é meramente textual.
- henrique iwao – 13 horas de nada; 24 horas de nada (2015).
- a peça mencionada de mieko shiomi é boundary music (1963).
(ii). discussões.
- no congresso da abre, ana rita nicoliello questionou meu entendimento da noção de experiência. como ela estudava john dewey, resolvi considerar o “a arte como experiência”. lá, dewey insiste na completude: “começo, meio e fim”. seria necessário usar de modo interessante a insuficiência e incompletude, quanto a esse esquema (mesmo que estes formem totalidades estéticas). também ao vitalismo é preciso responder: a arte não procurará acentuar a vitalidade, nem ampliar a vida humana (não buscará a sinergia com “a estrutura de seu organismo”).
- nas minhas anotações constam observações confusas:
- a arte sem finalidade tem como resultado não apenas o improdutivo, mas o não-cognitivo (uma formulação negativa: cinismo; uma positiva: absurdo).
- o anti-cognitivo como um não-sublime (sublinhar a insuficiência).
- pode ser aproximado do sublime pós-moderno (brassier) [mas seria mais tornar possível intuir que podem haver outros entendimentos do que são regras do que propor que existiriam regras impossíveis]
- habitar a borda da arte: não-experiência como um tipo experiência (remissões)
- no seminário livre do sô(m), com a performance de éter 2, versão performance, 30 minutos, comentaram, mencionando john cage, que “saindo da música entra-se no teatro”. aspectos enriquecedores da experiência notados: a iluminação modula a escuta; no silêncio, o público percebe o seu próprio corpo mais (como uma experiência proprioceptiva especial), por não poder fazer barulho; o público, pela atenção do performer no palco, percebe cada pequeno movimento dele como parte de um drama; o silêncio atua às vezes como um limite da escuta – aquilo que a aguça, ou a origina; o silêncio desloca a escuta para a visão (ver os gestos, não ouvir direito o resultado sonoro, mas imaginá-lo).
- um rapaz lembrou da experiência de chegar em casa de madrugada, querer fazer várias coisas, mas não poder, por medo de acordar os pais. lembrou do cuidado excessivo com que se movimentava nessas ocasiões, quando jovem.
- no mesmo evento citou-se o buda tv, do nam june paik, porque poderia constar nos meus exemplos.
- pedro marra mandou-me o artigo de douglas kahn: silence and silencing (a ler); também comentou e enviou o livro, de don ihde: voice and listening (a perguntar qual trecho teria relação mais direta com o debate). acredito que tergiversando, miguel javaral mandou-nos um artigo, com um nome curioso (a ler): finishing school: john cage and the abstract expressionist ego, de caroline a. jones (“silêncio como estratégia queer“, disse ele).
- apontaram-se dois tipos de fracasso em relação à performance: fracasso no sentido de que era difícil ouvir o que se produziu por mim; fracasso da performance por ser demasiado dramática/rica. o seminário pode ser reouvido aqui.
- foi comentado que a dicotomia “experiência / não-experiência” é tanto imprecisa demais, quanto dura demais para acomodar o projeto, mas que dá o que pensar (espero que não por ser confusa, mas por ser instigante).
- tentei explicar, no caso de §6.4311, que a não-experiência poderia ser uma qualidade intrínseca da obra e não da fruição (a maneira como ela se organiza aponta racionalmente para uma impossibilidade).
- na sessão aberta do fime, após o vídeo (éter 3) comentei sobre a possibilidade de criar algo como uma não-meditação. lembramos da competição de “não fazer nada” anunciada na coréia do sul.
- por algum motivo, talvez lembrando dos textos de lyotard no inumano, mencionei “a melancolia como a essência da produção conjunta” (do silenciamento, espero).
- em um sentido o muzak e a música de mobília de erik satie não são voltadas para a experiência de escuta. mas elas rapidamente se tornam indícios de presença humana, o que eu gostaria de evitar.
- javier bustos mencionou a ideia de um “espaço sem conteúdo” e depois de um “conteúdo sem suporte”. a especular. (conteúdo sem suporte é uma formulação bem no estilo da xylowave).
- j.-p. caron gostou do texto a ponto de incluir ele e éter 2 como parte de seu módulo (v: processos de individuação e sutura arte/ciência/política) no curso de extensão da faculdade de pedagogia da ufrj, arte e devir, arte do devir, coordenado por bernardo oliveira.
postado em 16 de agosto de 2016, categoria textos : §6.4311, 0'00", 13 horas de nada, 24 horas de nada, assonâncias de silêncio, babylon sisters, boundary music, buda tv, caroline a. jones, christian wolff, código 46, compression sound art, craig dworkin, dadaforma, debate, discussão, don ihde, douglas kahn, erik satie, éter, éter 2, experiência, genre is obsolete, ghost in the shell, gx jupitter larsen, henrique iwao, henry flynt, james whitehead, jarrod fowler, jens brand, johannes kreidler, john cage, john dewey, masamune shirow, matrix, mieko shiomi, muzak, nam june paik, nick land, no medium, paul di filippo, plataforma records, raquel stolf, ray brassier, referências, rudolf e.ber, ruzelstirn & gurgelstøck, silent prayer, stones, terry jennings, the shortest piece of music, the thirst for anihilation, to live and shave in l.a., vacant lot, wandelweiser, xylowave
1. coletivo d’istante joga “cobra”, de john zorn; im)provável surto, fundação educação artística, 9 de julho, 19h, belo horizonte.
Primeiramente, fora Temer. Coletivo D’Istante joga Cobra, de John Zorn, improvisação musical pseudo-competitiva usando placas e chapéus. Músicos indicam ao ponto (regência) o que querem; ele abaixa as placas correspondentes: olho (zap!), boca (entram, saem, ficam só alguns), orelha (fazem diferente, trocam e fazem igual, mudam dinâmica), nariz (duos, correntes, eventos), cabeça (memória), palma (para, coda, congela). Músicos guerrilham com chapéus, ignorando placas, aplicando golpes de mão: circula (alterna), chama e indica (imita), fornece (droneia), captura (pausa), liga (correnteia). E guerrilhas tomam o poder, instaurando ditaduras, zonas temporais autônomas ou ainda ecovilas. Democracia e diversão.
2. henrique iwao toca o brasil não chega às oitavas, de sua autoria; fime, praça das artes, 20 de julho, 18h, são paulo.
Nessa apresentação, Henrique Iwao, autor e intérprete, bate panelas e outros utensílios de cozinha freneticamente. Algum efeito de eco colore e preenche o som, de quando em quando. A ação é extrema pela condição de solidão no panelaço, junto à de exaustão das tentativas ocasionais de destruição dos itens utilizados. A obra orienta-se a partir de convenções estipuladas nas formas da música noise, da arte conceitual, do panelaço de protesto e da videoarte.
postado em 8 de julho de 2016, categoria publicitade : cobra, coletivo d'istante, fime, henrique iwao, john zorn, o brasil não chega às oitavas, release
saiu na revista linda impressa número 2, dezembro de 2015, um artigo meu intitulado música-ruído e forma: começo de conversa. ainda não vou vincular o texto aqui, porque espero que alguns comprem a edição física e usufruam de alguns meses de exclusividade. para estes, inicialmente, mas depois para todos, deixo aqui a lista de referências utilizada, conforme me é caro (remendando-caos). (entrando em contato, é possível comprar algumas unidades de mim).
ø: uma fala do merzbow no filme beyond ultra violence: uneasy listening by merzbow. contém a famosa colocação da década de 90 de que, à medida que noise [música de ruído] passou a ser considerado um gênero musical, ficou mais fácil tanto se concentrar no ruído puro (no som), quanto pensar a forma (musical) da música de ruído. extrarreferencialidade, que nada! (chega de shibari). ademais, a sanannda acácia, que fez a arte ao lado do título do texto, tem uma página no cargo collective.
1. paródia de da mihi factum, dabo tibi ius, do vocabulário jurídico.
3. a referência à disturbação, vem do livro o descrendeciamento filosófico da arte, de arthur danto, capítulo arte e disturbação.
4. as performances de kasper toeplitz e hrönir no bhnoise 2013 podem ser ouvidas aqui.
5. yersiniose lançou 1911 pela seminal records. de god pussy, governocídio é atribuído a darker days ahead e terceiro mundo chaos discos, e favela, a debila records. há um ou dois vídeos do duo nunzio-porres no youtube. the joy of noise poderia referir-se ao mashup homônimo do grupo riaa, mas mais provavelmente é um eco mental de informações adquiridas nesse programa idiota.
6. corpo código aberto era um duo, mas a um tempo é um solo. carla boregas não tem seu material lançado ainda. volume 1, de thiago miazzo, pode ser ouvido aqui.
7. uma entrevista com romain perrot no the quietus inspirou esse trecho (detalhe: eu deveria ter pedido para incluir essa imagem nesse ponto). o artigo citado é o capítulo 17 do livro editado por michael goddard et al, resonances: noise and contemporary music, qual seja, into the full: strawson, wychnegradsky and acoustic space in noise musics, de j.-p. caron. o álbum heavy metal maniac, de alfa lima international, pode ser ouvido aqui.
8. um vídeo-resumo do fime 2015 foi postado pelo ibrasotope, com um trechinho da performance de yuri bruscky.
9. um vídeo de uma performance de stones ii (noisecomposition iii), de j.-p. caron, pode ser visto aqui. é uma obra inspirada em stones, de christian wolff, parte da sua coleção de prosa. meu brasil não chega às oitavas vem desse álbum, mas existe também como performance. há uma vídeo de pronunciamento, de Manifestação Pacífica. vitrola e lixa, de gustavo torres, é descrita no seu site. a referência en passant à martin tétreault fica esclarecida ao consultar-se essa pequena entrevista dada para a trienal de quebec. o comentário sobre insignificanto se refere à segunda parte dessa performance (embora, nessa ocasião, o alto falante não tenha se desconectado, o que por vezes acontece, por engano, no meio da ruidera).
10. gx-jupiter larsen tem diversos trabalhos que podem ser situados na junção entre o noise e a arte conceitual. o monolito é uma imagem bonita, do clássico 2001: uma odisséia no espaço, de arthur c. clarke, mas não apenas: 3001 nos espera.
11. victim! tem vários álbuns. os dois lançamentos pela toc label devem exemplificar melhor esse ponto. verjault lançou alguns álbuns pela plataforma records e brainflesh, pela seminal records. bella acabou lançando o álbum dela, cantar sobre os ossos. há uma entrevista bacana com ela, aqui. vejam: não tenho nenhum interesse em não divulgar os trabalhos dos meus colegas e do meu selo virtual – eles me fazem pensar, eles me dão uma boa dose de alegria!
12. argh, gostaria de poder reescrever esse. enfim, acavernus tem um bandcamp. o álbum rainha, do grupo dedo, foi lançado pelo qtv.
postado em 20 de fevereiro de 2016, categoria reblog, textos : acavernus, arthur c. clark, arthur danto, bandcamp, bella, bhnoise, christian wolff, dabo tibi ius, dedo, duo nunzio-porres, fime, god pussy, gx-jupiter larsen, henrique iwao, hrönir, ibrasotope, insignificanto, j.-p. caron, kasper toeplitz, linda, manifestação pacífica, martin tétreault, merzbow, mihi factum, monolito, nme, nobuyoshi araki, plataforma records, qvt, sanannda acácia, seminal records, shibari, toc label, verjault, victim!, yersiniose, yuri bruscky
no dia 13 de dezembro será lançado meu álbum éter 2, pela seminal records, no seguinte endereço: www.seminalrecords.bandcamp.com/album/eter2. abaixo, um dos textos do encarte.
Comecemos pela possibilidade de colocar um objeto nu (4’33”, de John Cage). Depois, de usá-lo, dizendo: é preciso escutar. E então ampliar esse ato disciplinado de atenção (0’00”). Esfumaçar as fronteiras entremundos. Ou estabelecer e habitar fronteiras: Mieko Shiomi pedindo o som mais sutil. Muito tempo depois, o grupo Wandelweiser.
Brincar com a possibilidade de indiscerníveis. Dizer: a ocorrência no tempo diferencia as partes, as músicas. Ou ainda, o toca-CDs é um relógio de quatro minutos (70’00″/17, de Jarrod Fowler). Dizer: a duração e a autoridade diferenciam as partes, as músicas: o convite de Guilherme Darisbo para coletânea DADA do selo Plataforma Records.
Querer, como Cage, silenciar um pouco a presença humana (Silent Prayer), seus sons, suas imagens. No estilo o melhor da internet, usuários postam uma, cinco ou dez horas de nada e/ou de “absolutamente” nada. Zen for Film (Nam June Paik) ampliado, planificado. Se a conexão é estável, muito pouco ruído. ‘Se seu computador dormir, acordará sem pedir a senha. Desculpe-me não estar em qualidade HD’ (SpritePix). Alguns desses vídeos usam tela branca. Mas o transparente não deveria aparecer como preto, em um vídeo para internet? Erro conceitual? – Uso expressivo do branco/fala em Hurlements en Faveur de Sade, de Guy Debord.
Seguindo Raquel Stolf (Assonâncias de Silêncios), é possível empilhar silêncios? E se pensarmos em termos de mascaramento: não estariam os sons mascarando um silêncio subjacente? Um negativo de substância, vazios e nadas permeando. Ou então: soterrados. Tal qual a noção de espaço, quando lhe tiramos todos os objetos. Que inexistência e omnipresença sejam homoefetivas não garante que suas ideias correspondentes também sejam.
postado em 11 de dezembro de 2014, categoria obras, textos : 0'00", 10 horas de nada, 13 horas de nada, 4'33", álbum, artigo, assonâncias de silêncios, boundary music, espaço, éter 2, guy debord, henrique iwao, homoefetividade, hurlements en faveur de sade, jarrod fowler, john cage, lançamento, mieko shiomi, nam june paik, raquel stolf, seminal records, show, silêncio, silent prayer, substância, vazio, wandelweiser, zen for film
show após a exibição das animações que compõe mar de brita, de ismael vaz de araujo. henrique iwao: brinquedos, mini tábua, objetos cotidianos, mesa de som. marco scarassatti: instrumentos manufaturados. duas sessões de improvisação livre, a primeira com 25 minutos aproximadamente, a segunda com menos de 10. instituto undió, belo horizonte. 08 de agosto de 2014. fotos de beatriz goulart. gravação de som de henrique iwao.
postado em 8 de agosto de 2014, categoria apresentações : henrique iwao, improvisação livre, marco scarassatti, música, undió
nessa próxima sexta-feira, 08 de agosto de 2014, ocorre o lançamento do dvd “mar de brita”, contendo animações de ismael vaz de araujo e trilha sonora por mim, marco scarassatti e matthias koole. perguntei a ismael onde ele queria que fosse o lançamento e ele mencionou o undió. então lá será, junto a um café muito bonito, montado na rua, e uma exposição do instituto freud cidadão.
o dvd é um produto realizado na oi kabum! belo horizonte, onde trabalho, das animações à gravação da trilha (improvisamos em cima das animações – aqui há mais informações e fotos), mixagem, finalização de dvd, gravação e impressão do mesmo, encarte e projeto gráfico, impressão, dobra e embalamento do mesmo.acima um pequeno teaser da gravação no estúdio da escola. o trabalho envolveu alunos da turma regular (andré campos e andré de castro na técnica de som), e nucleares: camila barone no projeto gráfico, a foto da escultura de ismael por priscila cemis, a finalização do dvd por reinaldo paiva.
bruno amarantes tirou umas fotos do produto final, que pode ser adquirido por $15,00 (interessados, favor falarem comigo mesmo).
postado em 7 de agosto de 2014, categoria discografia : andré campos, andré de castro, bruno amarantes, camila barone, dvd, henrique iwao, ismael vaz de araujo, marco scarassatti, matthias koole, priscila cemis
improvisação livre durante uma tarde na ocupação comedoria comum, durante o 46º festival de inverno da ufmg. henrique iwao: brinquedos, mini tábua, objetos cotidianos, mesa de som. blu simon wasem: violão, sintetizador, bateria eletrônica, canto. aproximadamente 100 minutos. estaurante setorial ii da universidade, em belo horizonte, 24 de julho de 2014. foto pseudo-fake e cartaz de blu simon wasem. gravação de som de henrique iwao.
postado em 24 de julho de 2014, categoria apresentações : blu simon wasem, comedoria comum, henrique iwao, improvisação livre, música, ufmg