com jorge garcia, nihil obstat*

1. quem poderia imaginar que, na turnê do interior do estado de são paulo, a melhor acústica de sala seria a do teatro de caraguatatuba (o mário covas)? e como eu poderia prever que, depois de muito animado com o som da sala, metade do espetáculo seria feito em silêncio, dado conectores ruins fornecidos pelos técnicos desse mesmo teatro? (jorge garcia atira a caixa de som pendurada <e> silêncio.)

2. sesc ribeirão preto: a pior acústica desta turnê proac, da j. gar.cia, com interlúdio e nihil obstat (passamos pelo teatro do depto. de artes da unicamp, sescs em campinas, piracicaba, baurú, são josé dos campos, são carlos, santos, teatro mário covas). e ainda: sesc ribeirão preto – sistema elétrico instável, sala úmida e quente: tocar na placa de som e levar um pequeno choque, humm gigantesco nas caixas, nível de ruído alto. final da história: minha placa de som queimou. consegui fazer o espetáculo, mas usando canais 5 a 8 ao invés de 1 a 4, só percebi o estrago depois: gastei 400 reais, o sesc ribeirão preto se recusou a pagar, e até mesmo admitir instabilidade elétrica. contratualmente, inclusive, diziam que o problema era da produtora e não deles. ou seja, no computo total: paguei para apresentar.

3. sesc bauru, o cavalinho estava roubando o show: jorge o matou. “a estrela sou eu, eu sou o protagonista”. cavalinho? cavalinhos: outras vezes, saem andando por aí, tentam subir no pedal de volume, se debatem contra as irregularidades nas junções do linóleo.

4. cavalinho, de novo: se caem

5. em caraguá: jorge se move, rapidamente, após várias poses estáticas. o cavalinho girando e sons de madeira estalando. de repente, ele está na frente do cavalinho e o para com a mão: ele para de andar, seu som cessa, e imediatamente desligo os estalidos: as pessoas seguram a respiração, e é como se o tempo parasse por dois ou três segundos: silêncio.

6. som mais alto.

 

* nada impede.


postado em 30 de abril de 2012, categoria Uncategorized : , , ,