thor
como achei o filme terrivelmente ruim, vou tentar falar pouco dele e mais de uma teoria, já que eu não gostaria de propiciar a ninguém alguma tentação que possa fazer esse alguém incorrer no erro de ver essa película.
quando, na década de 50, john ronald reuel tolkien criara sua terra mítica média, publicando o senhor dos anéis, os povos bons e heróicos eram brancos, europeus, os mais belos e nobres elfos, olhos azuis, os anões irlandeses… já os negros e os asiáticos eram povos malvados, brutos, que se misturavam aos orcs, aos trolls, que gostavam de sarumam.
desde muito, em filmes em que o herói é um europeu americano branco de olhos claros, ou parecido, loiro, ou branco altivo mediterrâneo, para evitar ao máximo de passar a idéia de que um povo malvado e bruto e assustador possa ser uma metáfora para “asiático” ou (mais frequentemente) “negro”; a trupe do herói, seus fiéis companheiros, então, é composta por representantes fidedignos: um negro, um asiático, uma mulher, um francês, quiçá um russo comunista.
a teoria então prediz que logo logo teremos (nessas heróicas batalhas cinematográficas) coadjuvantes árabes, o fiel escudeiro árabe, e o personagem árabe a quem se diz: “este poderia até mesmo ser rei, dada as proezas que executou e sua grande força” (no entanto, é um porteiro, e o rei é o ator de hannibal, um branco barbudo).
ah, e a moral da história, só para constar: coloque seus filhos de castigo.
thor (2011), de kenneth branagh, com chris hemsworth, natalie portman, anthony hopkins e tom hiddleston.
postado em 2 de maio de 2011, categoria Uncategorized : cinema, kenneth branagh, thor