para são paulo, de novo

1. viajar tem suas vantagens: por exemplo, tomar banho quente.

2. nicolas collins uma vez me disse que gostava dessas idas e vindas. sem compromissos, em translado – ou seja, entre um compromisso e outro -, podia pegar um livro e ler sem pressa. sobre o ônibus, o avião, para ele, ainda teria a vantagem de impedir até mesmo a comunicação via celular.

3. 10 minutos de chuva já está bom: tudo inundado. (e pensar que há rios encanados debaixo das ruas, de modo que não deixa de ser curiosa toda essa falta de água residencial, quando, com o calçado e a calça encharcada, percebo que o cheiro, embora desagradável, não é de esgoto fétido).

 


postado em 15 de março de 2015, categoria crônicas : , , , , , , ,

eimas 2013

eu mesmo não entendi o eimas, encontro internacional de música e arte sonora, sediado pela universidade federal de juiz de fora, da primeira vez que fui. há nele algo, mesmo antes com daniel quaranta, pedro bittencourt e luiz eduardo castelões, e neste último, com quaranta e alexandre fenerich, que se mantém, edição após edição: o dissenso.

acostumamo-nos tanto ao malfalado horizonte de consenso que por vezes esquecemos do dissenso. sim, é um encontro entre artistas e intelectuais da música contemporânea e da arte sonora, mas o que isso quer dizer não é um isso. há uma cisão, e simplificadamente, ao menos dois gêneros com partidários dissênticos. um diferendo. a música eletroacústica e contemporânea ligada a certa tradição (mais institucional, festivais internacionais) e a música experimental ruidosa (mais caseira, ligada a pequenas cenas) podem de fato ser reunidas sobre um único guarda chuva?

sim, podem, mas desde que se respeite um certo desprezo de praticantes de um gênero em relação à produção do outro.

de resto, esse espaço importante de reunião, de trocas seletivas, de (re)encontros, de pinga e pizzas.


postado em 11 de outubro de 2013, categoria comentários, shows / eventos : , , , , , ,

SMIPS #2

fizemos uma avaliação na aula passada e foram levantadas algumas estratégias para a segunda parte da disciplina.

SMIPS: Sistemas Musicais Interativos e Performance Sonora – Educador Henrique Iwao, 2013. Avaliação de meio de semestre. Nome do educando / Área /

1. Comente sobre sua assiduidade na disciplina, incluindo os critérios de presença e pontualidade. 2. Como é a qualidade de participação sua na disciplina. 3. Comente sobre suas atividades extra-classe relacionadas à disciplina. 4. Descreva o que você se propôs a fazer nessa primeira metade do curso e compare com o que você efetivamente fez. 5. Escreva sobre o que espera que seja feito de sua parte na próxima metade do curso. 6. O que você considera necessário em termos de ações para que a apresentação final de curso seja bem sucedida?

  1. cada aluno deve terminar um projeto. deve tentar garantir que esse projeto de instrumento / extensão de instrumento seja robusto, isto é, aguente manuseio. aqueles que não possuírem projeto-instrumento devem ver se podem aproveitar um projeto de outro aluno que fez mais de um. essa etapa não pode demorar mais do que 2 ou no máximo 3 aulas. (isto é, mais no máximo 2 aulas).
  2. cada aluno deve desenvolver (experimentar) um solo de música/ruído em seu instrumento, entre 1 e 2 minutos.
  3. é preciso planejar ensaios.
  4. é preciso definir como usar elementos de microfonação extra e eletrônica. por exemplo: pedaleira de efeitos, mesa de som, instrumentos ligados no pure data (adc~).

para um trabalho de referências alguns nomes colocados foram: nicolas collins, pan&tone (cristiano rosa), david tudor, sachiko m, o pato fu (que usa o draudio em alguma canção do música de brinquedo), reed ghazalla, john cage.

sobre improvisação e jogos musicais ainda temos que pesquisar.


postado em 10 de outubro de 2013, categoria oi kabum bh : , , , , , , , , ,

SMIPS, material

1. plano de aula para a matéria, maximamente simples, creio:

SMIPS planejamento
sites:

  • www.newtoncbraga.com.br – procurar como soldar
  • www.puredata.info
  • www.flossmanuals.net + plugins tradutores
  • www.pd-tutorial.com
  • www.nicolascollins.com/
  • www.anti-theory.com/

livros

  • collins, nicolas – electronic handmade music

objetivo: realizar e produzir um concerto de música na escola oi kabum! belo horizonte. nesse concerto utilizaremos computadores, microfones de contato e outros objetos/expedientes que possam surgir. corolário caso as coisas dêem muito certo, as pessoas se esforcem, averiguaremos possibilidade de apresentar em:

  • oi futuro bh
  • oi futuro ipanema
  • oi kabum! salvador
  • oi kabum! recife

avaliação: será avaliada presença. os alunos, ao meio do curso avaliarão suas propostas e o quanto foram cumpridas bem como seu empenho. ao final será avaliada a participação e empenho no concerto (autoavaliação com conversa com o educador), relacionado esta e o que o aluno combinou com os outros alunos. conteúdo em bloco, sem planejamento cronológico.

  • o que é necessário para produzir e realizar um concerto? fazer listas.
  • aprendizado de pure data – interface midi – produção de som – entrada de som
  • aprendizado de eletrônica para música, básico: microfone de contato e afins
  • construção de trecos, tractanos, gambiarras.
  • sugestão: realização de schooltime special, de cornelius cardew.

2. trechos traduzidos do livro hardware hacking, do compositor americano nicolas collins, traduzidos pelo colega pan&tone, uma referência do circuit bending no brasil. aqui.

3. o site do brasileiro mais bem sucedido no ramo dos livros de eletrônica é esse, do newton braga.


postado em 17 de setembro de 2013, categoria oi kabum bh : , , , , ,

nicolas collins, salvage e entrevista

na quarta-feira passada, dia 04 de julho de 2012, participei como intérprete da peça Salvage (Guiyu Blues) (2008), de nicolas collins. aqui está a partitura, e abaixo a gravação da apresentação.

é uma peça bacana e simples: seis intérpretes usam um circuito “morto” e tentam reanima-lo conectando-o a um outro circuito, produtor de som. o sinal é então modulado, nessa ação, de maneiras inesperadas, ou ao menos, idiossincráticas. collins rege a peça, com sinal de entrada e deixas de luz para que os outros músicos congelem seus movimentos por um tempo (o som, estranhamente, não fica “congelado” durante esse gesto).

alexandre marino e missionário josé realizaram uma entrevista com o “cabra gente boa”. a atividade fez parte do iv seminário música ciência e tecnologia, promovido pelo mobile/eca/usp.


postado em 6 de julho de 2012, categoria Uncategorized : , , , , , ,