raquetes elétricas

1. deveria ser posta em produção uma raquete mata mosquito que registrasse quanto tempo por dia ficou ligada, em minutos, registrando logo abaixo, quanto tempo no total, em dias, ficou ligada desde sua aquisição. como o botão vermelho deve ser pressionado pelo polegar a cada tentativa de inseticídio, a mensuração seria bastante fiel.

2. ao acidentalmente me inflingir choques, logo percebi seu potencial elétrico. incomodam o suficiente para provocar uma retração; não são suficientemente fortes para causar danos. parecem, portanto, com aqueles desejáveis às varinhas mágicas adquiridas normalmente em sites e lojas dedicadas a conteúdos sexuais. de modo que, ao introduzir no produto, em sua base, um extensor retrátil, com ponta de metal, poder-se-ia ofertar ao público geral, para pronta aquisição em papelarias e afins, um item de utilidade pública, cujo sadismo não se resumiria meramente ao ímpeto genocida dirigido aos animais inferiores.


postado em 29 de novembro de 2018, categoria proposições : , , , , , ,

quatro vídeos ordinários

a esperar o vôo para santarém, das 0h30 às 4h30 no aeroporto de manaus, depois de um vôo de 9h (de são paulo a manaus, com escalas em fortaleza e belém). uma das piores logísticas de todos os tempos: de belém a manaus justamente não se passa por cima de santarém?! de qualquer forma, para contornar o sono, cansaço e calor (o ar condicionado estava “em conserto”), resolvi conferir se minha mala não seria colocada por engano na esteira errada.

na casa de kandyê medina. ela me hospedou numa casa confortável, com alguns probleminhas, mas ainda assim, confortável. no vídeo, participação involuntária e especial de julia salaroli, que aliás, fez questão de não desmentir o fato de que eu teria de dormir em uma rede (havia uma cama para mim, na realidade).

fomos à parte religiosa e tradicional do sairé, que se deu de manhã. mais interessados nos detalhes, filmei esse fogo, com o qual esquentavam o tarubá, bebida fermentada de mandioca.

após um ensaio aberto com julia e kandyê, no espaço alter do chão, morcegos e mosquitos beira rio. lembrei de conversa com marcelo muniz, na praia de ipanema, da quinzena anterior. meu projeto de igualar o estatuto da visão (que vê luzes e fixa imagens visuais) e o da audição (que ouve sons e fixa imagens sonoras) passaria supostamente por entender como o morcego fixa o mundo através das reflexões sonoras.

 

 


postado em 3 de outubro de 2012, categoria Uncategorized : , , , , , , , , ,