Há já uma certa dispersão no trabalho, mas ela só atinge um valor positivo, de multiplicidade e simultaneidade, quando pode explodir em cores e figuras, lançando-se com o café. Então, adquire uma conotação psicodélica. Isto é, atinge sua potência criativa, na forma da dispersão de ideias. Esses conjuntos, essas listas criadas, sucedem como sensações: seus objetos ou flutuam fora de alcance mas indicando possibilidades futuras, ou acumulam-se ao chão como descartes do tempo; cada conjunto contendo objetos que ainda não são e que já passaram. Por isso o café é tão avesso à meditação e ao profundo: ele renova as forças trazendo ao homem a afirmação presente de que ele é um projeto: uma afirmação de distância e um “é preciso caminhar” cuja angústia é possível sorver em deleite. O café cativa e na repetição do presente que se esvazia, ameaça o que é objetivo com o brilho da glória. Mas cuidado, se mergulhamos no extemporâneo, a presença da xícara (e com sorte, do sabor do café), engolir-nos-á.
{コーヒーブレイク, curta de animação de 3 minutos, dir. Taku Furukawa, 1977, nota 7/10}
mais pra frente, a redbull vai capitalizar em cima desse tipo de coisa, aparentemente.
Ah que legal esses vídeo Henrique, muito obrigada por compartilhar…A psicodelia nunca me transporta a estados de consciência afins…Seria tão bonitinho se o direitor houvesse incluído possíveis tentativas de transmutacão da energia do amor através de coracoezinhos verdes e pétalas púrpuras!
By the way what does baka mean?
Bjo…