Pós-apocalipse: Cyborg, MD Geist

Na abertura de Cyborg (1989, filme, 86 min), uma voz enuncia: primeiro houve um colapso da civilizaçãoanarquia, genocídio, fome generalizadae quando as coisas pareciam não poder piorarcontraímos a peste, a morte vivarapidamente fechando suas garras sobre toda a Terramas então ouvimos os rumoresque o último cientista estava trabalhando numa curaque acabaria com a peste e […]

Baronesa

Depois de ver Baronesa no cinema, o que me pergunto é o seguinte: eu deveria estar de alguma forma chocado ou indignado com a condição de vida colocada em ação, através da estética bruta e na marra do filme? Porque, por mais distante que essa vivência esteja da minha, por mais marginalizada, ela não me […]

Re-explicando os Assassinatos em Oxford

O começo de Oxford Murders é mais significativo do que a princípio pareceria: a figura do jovem Wittgenstein escrevendo no seu caderninho em meio a saraivadas de tiros é a do gênio, afirmado do ponto de vista do catedrático – a autoridade enuncia um fato: em meio à guerra, a natureza impele o combatente a […]

Algo de Pastichento na Matrix

Possivelmente Matrix é uma obra com o mesmo ímpeto de Star Wars, esse clássico supremo do pós-modernismo estado-unidense. Isto é, há um esquematismo bastante declarado e aparente, mas que também tem a função de esconder o caráter de pastiche da obra, delegando-o apenas à estrutura. Megazone 23 o precede no quesito “mito da boa caverna”, […]

Arábia e o Julgamento Vespertino

Há um momento em Arábia que bate uma melancolia: é que um acontecimento lembra o protagonista que não era pra ele ter um projeto de vida. A sombra do trágico (do destino que assombra como a falta de destinação possível) o encobre. E então ele retorna ao ciclo de tarefas e precarizações. Mas como a […]

A Vigilante do Futuro é Péssimo Filme Mesmo

Há uma má fama que ronda os live actions: os atores devem atuar mal, fazendo caras exageradas (como se elas fossem compostas de linhas simples de desenho) e movimentos desconjuntados (como se alguém estivesse tentando economizar poses, ou os braços estivessem colados no tronco); os planos devem ser construídos tal qual um estudante de cinema quando […]

Star Wars 7, 3.5, 8

70.1 Talvez o que Star Wars queira dizer quando pronunciava que Darth Vader seria aquele que traria o equilíbrio à força fosse o seguinte: estamos eternamente presos num drama familiar, de pai a filho, de filha a mãe, Édipo de novo e de novo. Nada mais natural que fazer um episódio 7 como um reboot do episódio […]

Pendular: antinomia

Um filme que soube confirmar o seu argumento: quando começava a inventar eu mesmo uma história metafórica sobre a difícil relação do casal, ela confidenciava a seu colega o conto da vespa parisitóide a botar ovos em uma aranha ou uma formiga obreira. As larvas nascem e o hospedeiro é devorado de dentro, garantindo um […]

Blade Runner 2049

O que considero mais notável no segundo filme é uma tensão interna que se manifesta na contraposição de alguns elementos. É como se a narrativa tivesse de manter-se como uma continuação perfeita do mundo do filme anterior, com seus (1) retro-projetores, testes de turing, controle policial, jogos de memórias, animais caros, beijos da morte, robótica […]

Kairo: Circuito e Solidão

Em 2001 a internet estava menos embrenhada no cotidiano; era possível pensa-la com distanciamento. Como algo que permite a comunicação através do além dos cabos e da informação, do mediado mas próximo a outro próximo. Bastava nutrir a paranóia do novo para imaginá-la como capaz de aprofundar essa relação, indo do mais interior ao mais […]

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