Akame ga Kill: Assassinos

Fiquei me perguntando do porquê eu ter gostado tanto de Akame ga Kill, dado que possui características ruins, similares a Hundred, como falta de criatividade quanto aos monstros, desenho por vezes feio, erotismo bobo e vulgar, armas mágicas, personagens estereotípicos e sequências harem medíocres (embora Hundred seja de fato campeão disparado em fazer disso algo péssimo). De fato, Akame quase poderia ser também um anime de fundo de Girlish Number. Mas o que impede isso?

A meu ver, 3 fatores: primeiro, a série consegue um ritmo leve e contínuo, batido mas funcional, conhecido mas agradável. Soma-se a isso o fato da podridão humana, ligada aqui à violência e ao sadismo, é tratada de forma superficial e tanto sem cerimônias como sem júbilo. O que faz parte da história é mostrado, o ódio nunca é excessivo; se for preciso, para reforçar o lado sombrio de alguém, mostra-se o personagem pisoteando corpos, torturando etc. Ademais, ser assassino é um trabalho: esse é o tema da série – há assassinos natos, há outros que dão duro para se desenvolver; politicamente, há esquerdistas (Night Raid), centro-governistas (como Run e Wave), direitistas (Jägers); há motivações nobres (Najenda), tanto quanto psicopatia (Esdeath).

E como existem assassinos há mortes. Esse terceiro ponto agora me parece o principal. As pessoas morrem, dado que existem inúmeros assassinos. Assassinos matam outros assassinos. De ambos os lados, personagens se vão; se o desenvolvimento deles é interrompido ou feito forçadamente, com pressa, é porque é necessário que sempre existam mortes, que afinal figuram no cotidiano de um trabalho como esse.

{アカメが斬る!, 2014, 24 episódios, nota 5/10}

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