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no meu trigésimo primeiro aniversário, faço trinta e dois anos.

explico: não há porque o número de aniversários estar diretamente implicado no número de anos do aniversariante. e não por motivos nipônicos (como exemplificado aqui). o fato é que em 2014 não aniversariei. mas como o tempo não deixa de passar…

tinha um plano que me deixaria 10 anos sem fazer aniversário, e dos 30, pularia imediatamente, 11 anos depois, para os 41. mas só cumpri o primeiro período ano da proposta.

há algum tempo, discutia com araújo formulações de aniversário alternativas, não propriamente aniversarísticas (isto é, não pertencentes à classe daquelas que tomam o ano como medida-base – vide mesmo elo acima designado). havia uma proposta feita por ele de uma progressão logarítmica simples. lembro que a velhice era compreendida entre os 9 e 10 loganos. cada vez mais, os tempos entre cada loganiversário expandiam-se, procurando uma proporcionalidade significativa em relação ao sentimento de tempo interno médio de uma vida humana tranquila e consciente. a ideia era, portanto, que os (log)aniversários fossem datas de fato importantes, cheias de sentido, que exigiam preparativos, almoços elaborados, espírito sonhador, planejamento, lista de convidados restrita e cuidadosamente construída.

(admito, entretanto, uma possibilidade mais modesta (leia-se, medíocre): a partir dos 30, fazer os (bi)aniversários bienalmente. a partir dos 44, trienalmente)

 


postado em 22 de março de 2015, categoria comentários : , , ,